Regionais : APÓS MOTIM, MAIS DE 400 APENADOS NÃO VOLTARÃO PARA O PRESÍDIO POR PELO MENOS 30 DIAS; ENTENDA A SITUAÇÃO
Enviado por alexandre em 12/01/2016 10:44:19


Porto Velho, RO - Nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (11) dezenas de apenados promoveram um verdadeiro quebra-quebra nas dependências da Colônia Agrícola Penal Ênio Pinheiro, localizada na Estrada da Penal, zona rural da Capital. Toda a confusão aconteceu devido a falta de tornozeleiras eletrônicas para que os apenados pudessem deixar o presídio para trabalhar, sendo assim monitorados. VEJA A MATÉRIA COMPLETA AQUI.

Já na parte da tarde a reportagem do Jornal teve acesso exclusivo a alguns setores do Presídio e pôde verificar a destruição ora praticada no corredores do local. Colchões foram queimados, lixo espalhado, além da destruição de algumas grades. O baixo efetivo de agentes (apenas oito por turno) nada pôde fazer tendo em vista a fúria dos apenados. A confusão teria acontecido na Ala CAPEP (Colônia Agrícola Penal Ênio Pinheiro) 01, sendo que após este setor ser tomado pelas chamas os presos correram e invadiram a CAPEP 02, onde ficam os presos que possuem tornozeleira eletrônica. A CAPEP 02 foi tomada e destruída em questão de minutos.

Após os ânimos terem sido contidos com o apoio da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, foi tomada a rápida decisão sobre como proceder com os apenados, afinal, dois pavilhões estavam completamente destruídos, sem a mínima condição de abrigar os presos.

Em contato com o Diretor da unidade, a reportagem foi informada que a Colônia Agrícola Penal abriga atualmente 612 apenados, sendo que destes, 120 possuem a tornozeleira eletrônica para monitoramento. Os presos são liberados pela parte da manhã para irem até a cidade trabalhar, devendo retornar no fim do dia para dormir no presídio. Como agora o presídio não pode lhes abrigar, os que possuem tornozeleira deverão permanecer em prisão domiciliar. Alguns apenados que não possuem a tornozeleira eletrônica também tem o direito de sair para trabalhar, porém, na manhã de hoje a situação ficou complicada. Após o Juiz da Vara de Execuções Penais (VEPEN) ter determinado que a partir de hoje (11) apenas os presos que possuem tornozeleira eletrônica poderiam sair do presídio, o clima de revolta tomou conta do presídio, vindo a gerar o motim.

Aproximadamente 300 apenados foram beneficiados com uma espécie de "saída temporária", vindo a ter os mesmos benefícios dos que possuem a tornozeleira, ou seja, poderão sair para trabalhar durante o horário comercial e na parte da noite deverão ficar em prisão domiciliar, mas não serão monitorados. Os outros apenados que não receberam o benefício foram distribuídos no Presídio Ênio Pinheiro e na CAPEP 03. Os presos irão permanecer no regime de prisão domiciliar pelo prazo de 30 dias, período em que ocorrerá a reforma dos pavilhões.



Fonte: Júlio Malta - NewsRondônia

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