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Enviado por alexandre em 23/10/2015 10:30:52

Reação ao corte na Bolsa

A proposta do relator-geral do Orçamento da União para 2016, Ricardo Barros (PP-PR), de meter a tesoura no programa Bolsa-Família, com cortes da ordem de R$ 10 bilhões, foi recebida com indignação e temeridade pelo Governo e aliados no Congresso e na Esplanada dos Ministérios.

Durante evento no Palácio do Planalto em que sancionou lei que regulariza mais de seis mil lotéricas no País, a presidente Dilma afirmou que possui um "compromisso inarredável" com o maior programa social do seu Governo. "Não podemos permitir que isso (o corte) aconteça. Estou certa que o bom senso prevalecerá na destinação de recursos ao programa", apostou.

Dilma afirmou ainda que o Bolsa Família é uma "peça central" para combater a miséria e a desigualdade. "Além de ser reconhecido por sua eficiência, o Bolsa Família tornou-se peça central de nossa estratégia de enfrentamento da pobreza e da desigualdade social. A ONU (Organização das Nações Unidas) e o Banco Mundial reconhecem no Bolsa Família uma invenção brasileira de alta repercussão", destacou.

Caso a proposta do relator seja aprovada, o programa sofrerá um corte correspondente a 35% de seu valor total, orçado em R$ 28,8 bilhões. A presidente já havia dito que o programa, que acaba de completar 12 anos, é "prioridade máxima" de sua administração.

Segundo Ricardo Barros, o corte de 35% no principal programa de transferência de renda do governo impediria o ingresso de novos beneficiários, mas as famílias atualmente cadastradas continuariam a receber os recursos. "Vou cortar R$ 10 bilhões do Bolsa Família. São cerca de R$ 28 bilhões para o programa. Esse corte é para não ter novos ingressos. Quem sai, não retorna. Quem fica, fica. Não vamos tirar ninguém do programa", afirmou.

A decisão de tirar recursos do Bolsa Família foi anunciada ao Governo em reunião com líderes da base aliada e o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, responsável pela articulação entre Planalto e Congresso Nacional. Caberá a Barros elaborar um relatório sobre proposta orçamentária enviada pelo governo. Ele poderá manter o texto ou apresentar uma proposta alternativa, com alterações.

OPERAÇÃO– Uma operação da Polícia Federal apreendeu, ontem, R$ 85 milhões, sendo R$ 60 milhões em moedas estrangeiras, em uma operação para investigar crimes contra o sistema financeiro. A ação investiga os crimes de caixa 2, lavagem de dinheiro e instituição financeira clandestina. Os agentes cumpriram mandados em Pernambuco e São Paulo em uma empresa de transporte valores, onde o dinheiro foi apreendido, uma casa de câmbio e um banco. O gerente da empresa de transporte de valores foi preso em flagrante e solto sob fiança.

Pacote anticrise em Itapissuma– O prefeito de Itapissuma, Cal Volia (PSDB), assinou decreto, ontem, de redução de despesas para enfrentar a crise nacional que está provocando efeitos terríveis nos Estados e Municípios. As medidas passam também por 80 demissões de servidores que prestam serviços ao município e pela redução em 20% do salário do prefeito e secretários.



Sequestro do roubo– O ministro Teori Zavascki, do STF, autorizou, ontem, um novo bloqueio e o sequestro de 2,4 milhões de francos suíços (equivalente a R$ 9,6 milhões) contidos nas contas atribuídas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Suíça. O sequestro de valores designa a transferência do dinheiro para uma conta judicial no Brasil. O objetivo é assegurar que, caso fique comprovado que a quantia é fruto de crime, seja diretamente incorporada aos cofres públicos, com possibilidade de ser usado pela própria PGR em suas atividades.

Não se salva um– O senador Acir Gurgacz (PDT-RO), anunciado como relator na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do parecer que recomenda a rejeição das contas de 2014 do governo, é réu em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) por supostos estelionato e crime financeiro. O senador afirmou que, após analisar provas, o STF vai considerar que ele não tem participação em irregularidades. Dá para acreditar?

Novo busto– Os desembargadores Cláudio Jean Nogueira e Alberto Nogueira, de Afogados da Ingazeira, comemoram a instalação do novo busto do pai José Nogueira na praça Monsenhor Arruda Câmara, substituindo o anterior, cuja produção não havia reproduzido fielmente as verdadeiras feições do homenageado. De origem humilde, infância pobre e adolescência dura, tendo sido servente de pedreiro, o juiz José Nogueira partiu deixando um grande vácuo na área jurídica do Estado, com relevantes serviços prestados ao Sertão.

CURTAS

EM GARANHUNS– Vereadores de todo o Estado se encontram, hoje, durante congresso estadual da categoria, no hotel Tavares Correia, em Garanhuns. Entre os palestrantes, o vice-governador Raul Henry (PMDB) e este blogueiro, que fará uma avaliação sobre a conjuntura nacional, lançando em seguida meu livro.

ALÔ, CAETÉS! – Na maratona de lançamentos do meu livro Perto do coração estarei, hoje, a partir das 19 horas, na Câmara de Vereadores de Caetés, terra do ex-presidente Lula. Na semana que vem lanço em Toritama, na terça-feira, em Orobó, na quarta-feira, Carpina, na quinta e Cumaru, na sexta-feira.

Perguntar não ofende: Sílvio Costa, vice-líder do Governo, vai obter sucesso na campanha pelo afastamento de Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados?

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