Regionais : Dilma ataca golpismo e diz que ninguém tem força para atacá-la
Enviado por alexandre em 14/10/2015 09:23:29

Dilma ataca golpismo e diz que ninguém tem força para atacá-la



Da Folha de S.Paulo - Bela Megale

Num dos discursos mais duros desde que foi reeleita, a presidente Dilma Rousseff criticou os "moralistas sem moral" e "conspiradores" que tentam obter o impeachment para interromper um mandato conquistado com 54 milhões de votos.

Sem citar nominalmente nenhum dos adversários ou conspiradores, Dilma disse que nunca fez da vida pública um meio para obter vantagem pessoal.

Ela entrou no auditório do centro de convenções do Anhembi, em São Paulo, acompanhada dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e José Mujica (Uruguai), e discursou na abertura do 12º Congresso da CUT.

"Eu me insurjo contra o golpismo e suas ações conspiratórias, e não temo seus defensores. Pergunto com toda a franqueza: quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra?" discursou, sendo aplaudida de pé por uma plateia de mais de 2.000 sindicalistas e militantes simpáticos ao governo.

No discurso de 37 minutos, Dilma foi interrompida seis vezes sob aplausos e gritos de "não vai ter golpe" e "Dilma, guerreira do povo brasileiro".

A presidente fez ainda duros ataques às tentativas de instaurar um processo de impeachment sem, segundo ela, haver fato jurídico definido ou qualquer fato que a desabone.

"O artificialismo dos argumentos é absoluto. A vontade de produzir um golpe contra o funcionamento regular das leis e das instituições é explícita. Jogam no quanto pior, melhor, o tempo todo. Pior para a população e melhor para eles", disse a presidente.

Sem mencionar o ex-presidente João Goulart (1919-1976), deposto pelo golpe militar de 1964, a mandatária também traçou um paralelo com o episódio –usando as expressões "filme já visto" e "final trágico"– e fez um apelo à base social da esquerda brasileira.

"Ninguém deve se iludir. Nenhum trabalhador pode baixar a guarda", disse.

Ao prometer não se dobrar, ela desafiou a oposição: "Quem quer a paz social e a normalidade institucional não faz a guerra política e não destila ódio e intolerância".

"A obsessão dos inconformados com a derrota nas urnas [quer] obstruir o mandato de uma presidenta eleita contra quem não existe acusação de crime algum. Lutaremos e não deixaremos prosperar", disse.

Dilma também defendeu o uso dos bancos oficiais para o financiamento de programas sociais –manobra conhecida como "pedaladas fiscais" e que foicondenada, por unanimidade, pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Ela disse que o governo vai continuar questionando os critérios da reprovação das contas do Executivo.

"Teremos uma decisão equilibrada do Congresso Nacional. O que chamam de 'pedaladas fiscais' são atos administrativos usados por todos os governos", afirmou.

Dilma disse que o governo continuará questionando a decisão do TCU que reprovou as chamadas "pedaladas fiscais" –atrasos em repasses de recursos devidos pelo governo a bancos oficiais para gerar superavit fiscal.

Ela também afirmou que jamais negociará com mal-feitos: "Muita coisa está em jogo: a democracia pela qual lutamos, o voto popular como base do poder e a inviolabilidade do mandato concedido pelo povo".

"Para impedir o retrocesso, conto com as forças democráticas do Congresso, conto com a serenidade dos nossos tribunais, conto com o povo brasileiro e com os movimentos sociais", completou.


Dilma, de presidente a líder política do país, diz Lula


Do portal G1

Logo após o discurso de Dilma durante o Congresso da CUT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a fala da atual chefe do Executivo. "Hoje nós deixamos de ter apenas uma presidenta para ter uma líder política nesse país. Hoje a Dilma não fez o discurso de uma presidenta, ela não veio aqui fazer um relatório das coisas que ela fez. Ela veio dizer 'eu sou presidenta da República Federativa desse país com o voto conquistado do povo brasileiro e eu vou exercer o meu mandato em sua plenitude. Quem quiser evitar, que tenha coragem', disse o petista.

Ele também chegou a admitir que antes o discurso da presidente parecia mais com a fala de membros da oposição. "É essa Dilminha que nós elegemos presidente da República. Não aquele discurso que dá impressão que é o Aécio que está falando. Não é aquele discurso que dá impressão de que é o Serra que está falando. Não é aquele discurso que parece que o Bradesco está feliz e o Itaú está feliz."

Lula voltou, ainda, a justificar as pedaladas fiscais – instrumentos em que o governo deixa de fazer pagamentos a bancos públicos para manter mais dinheiro em caixa – como forma de manter programas sociais. "Ela pegou o dinheiro para poder fazer Minha Casa, Minha Vida, para poder pagar o Bolsa Família. Isso não interessa aos nossos adversários", disse Lula.


























Da Folha de S.Paulo - Bela Megale

Num dos discursos mais duros desde que foi reeleita, a presidente Dilma Rousseff criticou os "moralistas sem moral" e "conspiradores" que tentam obter o impeachment para interromper um mandato conquistado com 54 milhões de votos.

Sem citar nominalmente nenhum dos adversários ou conspiradores, Dilma disse que nunca fez da vida pública um meio para obter vantagem pessoal.

Ela entrou no auditório do centro de convenções do Anhembi, em São Paulo, acompanhada dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e José Mujica (Uruguai), e discursou na abertura do 12º Congresso da CUT.

"Eu me insurjo contra o golpismo e suas ações conspiratórias, e não temo seus defensores. Pergunto com toda a franqueza: quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra?" discursou, sendo aplaudida de pé por uma plateia de mais de 2.000 sindicalistas e militantes simpáticos ao governo.

No discurso de 37 minutos, Dilma foi interrompida seis vezes sob aplausos e gritos de "não vai ter golpe" e "Dilma, guerreira do povo brasileiro".

A presidente fez ainda duros ataques às tentativas de instaurar um processo de impeachment sem, segundo ela, haver fato jurídico definido ou qualquer fato que a desabone.

"O artificialismo dos argumentos é absoluto. A vontade de produzir um golpe contra o funcionamento regular das leis e das instituições é explícita. Jogam no quanto pior, melhor, o tempo todo. Pior para a população e melhor para eles", disse a presidente.

Sem mencionar o ex-presidente João Goulart (1919-1976), deposto pelo golpe militar de 1964, a mandatária também traçou um paralelo com o episódio –usando as expressões "filme já visto" e "final trágico"– e fez um apelo à base social da esquerda brasileira.

"Ninguém deve se iludir. Nenhum trabalhador pode baixar a guarda", disse.

Ao prometer não se dobrar, ela desafiou a oposição: "Quem quer a paz social e a normalidade institucional não faz a guerra política e não destila ódio e intolerância".

"A obsessão dos inconformados com a derrota nas urnas [quer] obstruir o mandato de uma presidenta eleita contra quem não existe acusação de crime algum. Lutaremos e não deixaremos prosperar", disse.

Dilma também defendeu o uso dos bancos oficiais para o financiamento de programas sociais –manobra conhecida como "pedaladas fiscais" e que foicondenada, por unanimidade, pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Ela disse que o governo vai continuar questionando os critérios da reprovação das contas do Executivo.

"Teremos uma decisão equilibrada do Congresso Nacional. O que chamam de 'pedaladas fiscais' são atos administrativos usados por todos os governos", afirmou.

Dilma disse que o governo continuará questionando a decisão do TCU que reprovou as chamadas "pedaladas fiscais" –atrasos em repasses de recursos devidos pelo governo a bancos oficiais para gerar superavit fiscal.

Ela também afirmou que jamais negociará com mal-feitos: "Muita coisa está em jogo: a democracia pela qual lutamos, o voto popular como base do poder e a inviolabilidade do mandato concedido pelo povo".

"Para impedir o retrocesso, conto com as forças democráticas do Congresso, conto com a serenidade dos nossos tribunais, conto com o povo brasileiro e com os movimentos sociais", completou.

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