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Enviado por alexandre em 10/09/2015 09:46:34

Churrasco: aliados no rasga-seda para Cunha

A bancada do PMDB se reuniu nesta quarta-feira para homenagear e prestar apoio ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), denunciado na operação Lava-Jato pelo suposto recebimento de US$ 5 milhões em propina no esquema de corrupção na Petrobras. No ato, um almoço realizado na casa de um aliado de Cunha que serviu de QG para sua campanha à Presidência da Câmara, o peemedebista se defendeu das acusações de que é alvo e garantiu aos colegas que não haverá “provas” em seu processo.

O almoço foi organizado pelo líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), que tinha se distanciado de Cunha nas últimas semanas, desde que foi chamado pela presidente Dilma Rousseff para negociar diretamente com o Palácio do Planalto a liberação de emendas e cargos no segundo e terceiro escalão. Picciani recebera recados de correligionários de que a interlocução direta com o governo desagradara Cunha, oposicionista declarado há quase dois meses.

Brincou-se que Picciani havia inclusive bancado o almoço, que teve como menu churrasco de picanha, coração de galinha, asinha de frango, costelinha de porco, contrafilé, feijão-tropeiro, arroz e salada, além de abacaxi e queijo com goiabada de sobremesa. O deputado negou que tenha custeado sozinho o evento.

Pessoas próximas a Picciani afirmam que o momento “pedia” um gesto de reaproximação entre os dois para dissipar as “intrigas” que contaminaram a relação. Mas, conforme relataram deputados presentes ao evento, Cunha teria mandado recado a Picciani ao dizer que sempre ouviu e respeitou a bancada quando era líder, pois quem não fizer isso “não tem condições” de liderar.

Segundo relatos, o evento foi uma verdadeira “rasgação de seda” para Eduardo Cunha. Boa parte dos 67 deputados da bancada do PMDB estava presente, além de alguns representantes de outros partidos, como o próprio anfitrião, o ex-deputado Glaycon Franco (PTN-MG), a deputada Raquel Muniz (PSC-MG) e o deputado André Fufuca (PEN-MA).


Dilma sem agenda?

Se há uma expressão da qual nunca mais se ouviu falar no governo Dilma é “agenda positiva”.

A agenda positiva é um recurso clássico dos governos que enfrentam alguma crise.  É só a popularidade cair e lá vem alguém da área de comunicação com a ideia mágica: “agenda positiva”.

Dilma Rousseff, neste segundo mandato, até que tentou lançar mão desse recurso.

Anunciou um novo programa de concessões na área de infraestrutura em junho. Alguns programas sociais foram lançados ou relançados em cerimônias no Palácio do Planalto.

Só que bastava uma cerimônia dessas acontecer para uma notícia de “agenda ruim”, geralmente vinda da Lava-Jato ou da economia, engolfar a novidade que o governo tentava lançar.

Hoje, nem isso o governo tenta mais.  Até o Minha Casa, minha Vida 3 que seria lançado nesta semana terá que ser repensado. Não há recursos.

Na verdade, não é que seja um governo sem agenda positiva. É um governo sem agenda.  (Lauro Jardim - Veja)

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