O verão amazônico (seca) deste ano está sendo sofrido para a população de Porto Velho. A administração municipal peca no cumprimento da maioria das suas obrigações (saúde, saneamento básico, estradas vicinais transitáveis, ruas e avenidas conservadas, coleta de lixo regular, iluminação pública eficiente, etc. etc.) e cria dificuldades para os moradores da capital. Há semanas não chove em Porto Velho e na maioria das demais cidades do Estado. Isso ocorre porque a Amazônia tem apenas duas estações climáticas que são o verão (seca) e o inverno (chuvas). Os períodos fazem parte da Amazônia, portanto previsível. Na capital a cada dia aumenta as reclamações da população com a falta de água potável nas torneiras. Na área central a maioria das residências sofre racionamento no fornecimento de água. Vários bairros há pelo menos uma semana estão sem água. Residências e empresas que contam com cisternas enormes, acima de 10 mil litros estão padecendo com a falta do precioso líquido fundamental para a sobrevivência dos seres vivos. Estabelecimentos comerciais como salão de beleza, bares, restaurantes estão utilizando água mineral para poder atender os clientes, para sobreviver, pois dependem deles para se manterem ativos. A Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd) – que atende, ou deveria atender a capital – está praticamente quebrada, pois 70% da arrecadação são para pagar o funcionalismo, boa parte com salários bem acima da média. A empresa ainda quer contratar mais servidores comissionados, proposta rejeitada, por enquanto, na Assembleia Legislativa. Recentemente o governo do Estado propagou que foi assinado convênio com o governo federal (aquele de R$ 600 milhões, ainda do primeiro mandato da administração do ex-prefeito Roberto Sobrinho-PT) de aproximadamente R$ 500 milhões para obras de saneamento básico. A Caerd alega que a falta d´água ocorre devido a obras na rede, mas não é verdade. A falta de água nas torneiras da maioria dos bairros da capital é um problema grave. Faltam gestores, pessoas responsáveis para administrar a importante, mas falida e desacreditada empresa. Ela tem que ser revigorada, principalmente na área administrativa. A Assembleia Legislativa deve mobilizar a Comissão de fiscalização e Controle para saber o que está ocorrendo e cobrar providências. A situação da capital não difere muito de outras cidades do interior, que enfrentam o mesmo problema. Povo não pode recorrer à água mineral até para o banho. Em Porto Velho a situação é vexatória e até uma heresia, pois a cidade é banhada por um dos rios mais importantes do mundo, o Madeira, que tem água em abundância. A prefeitura tem que buscar junto com o governo do Estado uma saída para a grave situação. O povo está revoltado e propenso a ações mais agudas. Além da fumaça que este ano está muito acima do tolerável, devido às queimadas criminosas, ainda tem que conviver com a falta d´água.
Autor: WC e rondoniadinamica
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