Protesto governista de hoje já sai rachado Postado por Magno Martins
Da Folha de S.Paulo Os organizadores dos atos marcados para esta quinta-feira (20), que fazem contraponto aos protestos pró-impeachment de domingo (16), chegarão às ruas divididos sobre a defesa do governo. Grupos ligados ao PSOL e a Guilherme Boulos, líder do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), visto como dono da maior capacidade de mobilização, alertaram os demais movimentos que não defenderão Dilma Rousseff e que vão mirar temas sensíveis ao governo. Entre eles estão o ajuste fiscal conduzido pelo ministro da fazenda Joaquim Levy, e a Agenda Brasil, pacto firmado com o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), ambos criticados no manifesto intitulado "Contra a Direita e o Ajuste Fiscal", assinado pelos organizadores . Entidades com ligação histórica com o PT, como CUT e UNE, no entanto, adotarão um discurso mais ameno em relação ao governo e usarão palavras de ordem contra o impeachment de Dilma. "Há uma disputa política em torno do ato. Há aqueles que gostariam que ele fosse só em defesa da democracia e do governo. Não vamos aceitar", afirmou Boulos, que também é colunista da Folha. O líder do MTST criticou as propagandas veiculadas pelo PT em rádios e na TV convocando para as manifestações. "Atrelamento partidário não ajuda. As manifestações são por pautas amplas e populares, compartilham de uma insatisfação com o sistema político", disse. Segundo o secretário-geral do PSOL Fernando Silva, as inserções geraram "mal-estar" porque parte dos organizadores entendeu que o PT "aparelhou o ato para virar uma defesa do governo".
Janot à moda Moro: não vai poupar ninguém Postado por Magno Martins
Com as notícias de que as denúncias contra políticos citados na Lava-Jato virão ainda esta semana, inclusive a do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, cresceu a expectativa sobre como o Supremo Tribunal Federal procederá. O palpite dos maiores escritórios de advocacia do país é o de que o STF agirá à la Sérgio Moro: não vai poupar ninguém. A avaliação é de Denise Rothenburg, na sua coluna desta quinta-feira no Correio Braziliense. Os nomes dos políticos que seriam denunciados ainda ontem pelo Ministério Público Federal eram justamente aqueles que atacaram o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em especial, o deputado Eduardo Cunha e o senador Fernando Collor de Melo. Na Câmara, os aliados de Cunha só falavam nessa “estranha” coincidência. |