Mais Notícias : Rompimento?: fala de Temer anima a oposição
Enviado por alexandre em 06/08/2015 10:29:20

Rompimento?: fala de Temer anima a oposição

A declaração de Michel Temer de que o país precisa de “alguém que tenha capacidade de reunificar todos” animou a oposição e a ala do PMDB que prega o rompimento com Dilma Rousseff. O grupo trata a declaração como o primeiro sinal público de que o vice se convenceu de que o país não sairá da crise sob o comando de Dilma. Aliados do vice reconhecem que a fala dá margem a essa interpretação, mas sustentam que ele quis exortar o Congresso a se unir em prol do país. A informação é de Vera Magalhães, hoje na sua coluna da Folha de S.Paulo.

A entrevista do vice foi precedida de tensa reunião com líderes de partidos aliados na Câmara. Orlando Silva (PC do B) chegou a dizer que a única solução seria recomeçar o governo “do zero”.

De um participante: “Foi uma lavação de roupa suja tremenda. O problema é que a água acabou e a roupa continua encardida”.

Já no encontro com senadores, que estão dispostos a ajudar, Temer chamou a atenção pelo pessimismo inusual. “Nossa situação é difícil e não é hora para sorrisinhos”, disse.

É grave: Temer ouviu Dilma antes do desabafo

O vice-presidente Michel Temer conversou com a presidente Dilma Rousseff antes de conceder entrevista na qual afirmou que a situação do país é "grave" e fez um apelo por união nacional. Foi uma conversa realista. O vice contou como tinha sido a reunião que teve nesta quarta-feira com senadores e deputados da base aliada. Disse que ficou preocupado com a conversa com os líderes da Câmara.

Diante disso, foi enfático com Dilma: “Presidente não dá. Temos que admitir que tem a crise e que a crise é grave!”. E continuou: “O país está acima de instituições, do governo e do Congresso. Por isso, temos que mandar um recado explícito, claro para a sociedade.” A informação é de Gerson Camarotti, no seu blog.

Já Kennedy Alencar diz no seu blog que a reunião da tarde com os líderes partidários na Câmara foi tão ruim que Michel Temer, vice-presidente da República e articulador político, fez um apelo público ao Congresso para que não votasse projetos que aumentam os gastos públicos.

"O gesto de Temer é sinal da gravidade da crise política. Mostra que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acelerou ações para enfraquecer o governo e tentar viabilizar a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Na reunião com Temer, aliados do governo fizeram queixas e disseram que não têm como segurar os deputados. Ou seja, o governo teria perdido o controle da sua base de apoio na Câmara. E a tendência é que sofra derrotas ao votar projetos da chamada “pauta bomba”.


Temer e Serra já formam dobradinha política

O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) está procurando desafetos de José Serra para ajudar o senador tucano a refazer pontes no universo político. Já o parlamentar auxilia o peemedebista a aparar arestas no Senado. A aliança está chamando a atenção tanto no PMDB quanto no PSDB. A informação é de Mônica Bergamo, hoje na Folha de S.Paulo..

A proximidade é vista como investimento no futuro, diz a colunista. Em caso de impeachment de Dilma Rousseff, Serra se transformaria em ministro da Fazenda, trazendo o apoio de parte do PSDB a um eventual governo Temer. Do cargo, o tucano se lançaria candidato a presidente em 2018, pelo PSDB ou até pelo PMDB. Repetiria Fernando Henrique Cardoso, que foi ministro do governo de transição de Itamar Franco.

Serra, em sua nova fase paz e amor, está procurando governadores de diferentes Estados e partidos para colocar-se à disposição no Senado. Discorre sobre os números de cada administração e o que pode ser feito no parlamento para ajudar a melhorar as contas. Todos ficam muito gratos.

Alckmin, que há alguns meses anteviu o movimento de aproximação entre Temer e Serra, já disse que, em caso de impeachment, o PSDB não deveria integrar o governo do vice. Diz que o poder se ganha no voto.


PDT deixa base do governo na Câmara

Do G1

O líder do PDT na Câmara, deputado André Figueiredo (CE), anunciou, há pouco, no plenário que a bancada do partido, até então integrante da base aliada do governo na Casa, passará a adotar posição "independente” nas votações.

Ele disse que a decisão foi tomada por unanimidade pela bancada do PDT em reunião à tarde, e acrescentou que não participará mais das reuniões da base aliada. A bancada pedetista tem 19 dos 513 deputados da Câmara.

A justificativa é que a bancada discorda do governo em diversos temas e se sente desrespeitada ao ser acusada de infiel por tomar posições contrárias.

“Fomos frontalmente contra as medidas provisórias 665 e 664, que reduziam direitos ao seguro-desemprego e à pensão por morte. Temos tomado uma postura claramente a favor dos servidores públicos”, declarou.

Figueiredo afirmou que a decisão da bancada ainda não reflete a posição do partido, que detém um ministério no governo, o do Trabalho. Segundo ele, um eventual rompimento com o governo, pelo qual o partido deixaria o ministério, ainda será discutido.

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