Mais Notícias : TSE cruza dados da campanha de Dilma
Enviado por alexandre em 13/07/2015 08:42:40

TSE cruza dados da campanha de Dilma

Maioria dos ministros da corte foi indicada por governos do PT, mas relator foi nomeado no governo FHC

Técnicos do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) preparam um cruzamento dos dados da prestação de contas da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff com os gastos do Palácio do Planalto com viagens e eventos no período eleitoral.

O levantamento será avaliado junto com os depoimentos de delatores do esquema de corrupção da Petrobras no pedido de cassação feito pela oposição contra a petista e o vice Michel Temer.

A ideia é analisar se houve abuso de poder político e econômico como diz a oposição.

Os documentos já foram enviados pela Presidência à Justiça Eleitoral. No ano passado, Dilma conciliou em viagens eventos oficiais e atos de campanha. O PT, no entanto, ressarcia os cofres públicos pelos deslocamentos feitos com a estrutura oficial no período eleitoral.

O uso da máquina pública é um dos argumentos utilizados por partidos de oposição, puxados pelo PSDB, para pedir que o TSE casse o registro de Dilma e Temer e dê posse ao senador tucano Aécio Neves (MG) na Presidência.(Da Folha de S.Paulo - Márcio Falcão)


Agentes da instabilidade

Valdo Cruz - Folha de S.Paulo

As turbulências na China são uma péssima notícia para o Brasil, mas podem ter até seu lado positivo num momento em que os agentes políticos por aqui passaram a brincar à beira do precipício.

Péssima porque, se a crise na China se agravar, pega o Brasil num momento de extrema fragilidade econômica. Aí, o que já está bem ruim pode ficar muito, mas muito pior.

Boa porque, diante da catástrofe, quem sabe a turma em Brasília acorda para a realidade, artigo que anda bem em falta neste ano não só no Congresso mas também em seus arredores. Até no Palácio do Planalto.

Enquanto no mundo real inflação e desemprego se aproximam dos dois dígitos, governistas e oposição jogam para a plateia e criam bombas fiscais no Congresso.

Alguns com o discurso corporativista, que atende a uma minoria ruidosa nas galerias do Legislativo e prejudica a maioria do país. Outros em busca de sangrar a presidente.

Em posição irresponsável, que não bate com seu passado, a oposição diz que o governo tem votos para derrotá-la. Não o faz porque está fraco e suas medidas também não combinam com sua história.

De fato, a mistura de fraqueza e incoerência está levando a uma situação perigosa. Parlamentares que ganharam cargos estão votando contra o governo, sem coragem de retaliar por temer, hoje, ser abandonado até por seus infiéis aliados.

Angustiada, a equipe econômica rema contra a maré. Lista nada menos que 14 ações para tirar o país do buraco, mas a sensação do momento, de crise política aguda, é que o governo Dilma está paralisado.

Enquanto isto, a presidente parte para a briga com a oposição. O PT aplaude de pé, mas os sensatos do governo não aprovam. Repetem confiar que nada atingirá a chefe no campo moral, mas não têm a mesma certeza sobre sua campanha.

Enfim, Brasília virou um campo de agentes da instabilidade. Tomara que caiam na real antes do pior.

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