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Enviado por alexandre em 06/07/2015 08:51:04

Um vulcão chamado recessão

No Brazil existe um vulcão, chamado recessão. Somente o ajuste da economia poderá evitar a erupção, assim falou o cientista político The Gaulle aos seus discípulos. The Gaulle, o filósofo de Macaparana, Joaquim Francisco, e o Doutor Grilo encontraram-se nas pistas da Jaqueira e trocaram figurinhas sobre uma reunião havida nos idos do redescobrimento do Brazil, em 1984, quanto estava em curso a campanha das diretas-já.

“Reuniram-se numa caverna de Brazília, além do finado Pedrálvares, o general-presidente João Figueiredo, Tancredo Neves e o ex-ministro Delfim Neto. Tancredo disse para o general-presidente Figueiredo que as eleições diretas para presidente eram temerárias porque o poder seria entregue às esquerdas radicais. A melhor alternativa seria a eleição indireta via Colégio Eleitoral, segundo ele.

“Figueiredo estranhou -- Oxente, tu tava naquele comício das diretas-já na Cinelândia, ao lado da caterva vermelha. O que tu vai dizer agora pra tua galera? -- É vero, bicho, eu tava lá junto com a caterva, disse Tancredo. Agora eu só quero saber se os militares garantem minha posse quando eu der uma rasteira em Maluf no Colégio Eleitoral. -- Meta os peitos! Disse o general. Tancredo ganhou no Colégio Eleitoral e houve a transição democrática. Aquela foi a “Concertación” verde-amarela à moda da Espanha nos anos 1975.

“A saúde na política depende de um refrigério na economia, e vice-versa. A economia é um transatlântico, um transoceânico e não pode dar cavalo de pau. Não se pode dar cavalo de pau numa jamanta, nem um jumento. O ajuste fiscal vai demorar de três a quatro anos para dar um revestrés na economia. O filósofo de Macaparana, Joaquim Francisco, o cientista político The Gaulle e o Doutor Grilo entendem que deverá haver um pacto nacional para desativar os vulcões da instabilidade econômica e institucional”.

A crônica do bicho-grilo Adalbertovsky está postada na íntegra no Menu Opinião. Metam os peitos!

Coluna da segunda-feira

   Convenção regada a ataques

A convenção que reelegeu, ontem, Aécio Neves presidente do PSDB, em Brasília, se deu num ambiente de confronto aberto com o Governo Dilma, com discursos virulentos, alguns pregando abertamente o seu impeachment. Líder do partido no Senado, o paraibano Cássio Cunha Lima chegou a convocar o povo brasileiro para ir às ruas em 16 de agosto, em defesa de novas eleições.

“Fomos derrotados por uma quadrilha organizada”, disse Cássio. Na mesma linha, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, disse que não há saída para o País superar o quadro de dificuldades política e econômica se não for com o povo nas ruas cobrando o afastamento imediato de Dilma, que, segundo ele, persegue Manaus por ser administrada por ele, um prefeito de linhagem tucana e de oposição.

Normalmente mais comedido, o senador José Serra, um dos pré-candidatos do partido para 2018, disse que o povo não aguenta mais tanta roubalheira, traições com medidas antipopulares e demissões em massa de trabalhadores. “Estamos assistindo ao pior Governo do País. Falam muito mal de Jango, mais perto de Dilma ele é um revolucionário”, disse, para acrescentar: “Estamos diante do pior governo da história do Brasil”.

Presidente do PPS, o deputado Roberto Freire falou abertamente em impeachment. “As pedaladas fiscais que estão para serem rejeitadas pelo Tribunal de Contas podem abrir a janela do impeachment. Se este for o caminho para sair desta perversa crise, o País tem que enfrentar”, afirmou.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também abandonou o discurso light e educado. Depois de fazer uma avaliação dos erros cometidos por Lula e Dilma, o tucano afirmou: “O PT não gosta de pobre, mas do poder. Gosta do poder a qualquer preço e não do social”. Fernando Henrique, aplaudidíssimo, em sua fala, disse confiar no poder de mobilidade da sociedade para tirar o PT do poder.

Depois de esperar por mais de duas horas, ouvindo discursos repetitivos em cima da crise e do governo Dilma, Aécio usou da palavra e afirmou confiar nas instituições sólidas do País para operar o abreviamento da crise nacional provocada “pela incompetência de Dilma e do seu governo”. “O povo foi enganado por esta quadrilha que se apoderou do País, mas está chegando a hora de o PSDB governar o País”, assinalou.

DISPUTA INTERNA– Ao chegar junto com o governador Geraldo Alckmin, potencial concorrente seu na disputa de 2018, o presidente reeleito Aécio Neves quis passar o sentimento de unidade no partido. De fato, a chapa da executiva uniu todas as tendências tucanas, mas nos bastidores existe uma movimentação em torno de Alckmin, que também já deu indicativos nessa direção. As pesquisas no cenário de hoje são bem mais favoráveis, entretanto, a senador mineiro.

Coalização à vistaPara deletar o PT do poder o PSDB é capaz de aceitar participar de um governo de coalizão com Michel Temer presidente. O que se diz em Brasília é que os ministérios da área econômica e a própria política econômica seriam entregues ao tucanato pela experiência bem-sucedida do Plano Real.

Mentira e desemprego– Escolhido vice-presidente da executiva nacional, o deputado Bruno Araújo não fugiu, em seu discurso, ao estilo agressivo da tucanada. Centrou em cima do desemprego, agravado, segundo ele, “pelas mentiras de Dilma”. Araújo afirmou que no Brasil, da reeleição de Dilma até os dias atuais, mais de um milhão de trabalhadores perderam seus empregos.

Baixas petistas– O senador Paulo Paim (RS) está com os dias contados no PT. Segundo ele, a política de arrocho salarial e de perda dos direitos dos trabalhadores, imposta pelo ajuste fiscal do ministro Joaquim Levy, está motivando sua provável saída do partido. Paim esteve no Recife no último fim de semana e admitiu que já está à procura de um novo partido. Como Marta Suplicy está indo para o PSB, na prática o PT terá duas baixas no Senado.

A reação de Mantega– Agredido num restaurante em São Paulo, o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, desabou em seu Twitter: “O Brasil parece caminhar em terreno perigoso. Há algo diferente no ar, algo que ameaça a sólida democracia que o País. Trata-se da volta do autoritarismo, o que é inaceitável”.

 

CURTAS 

ATROCIDADE– Líder do PT no Senado, Humberto Costa diz que a Câmara dos Deputados, ao aprovar a redução da maioridade penal, cometeu uma atrocidade institucional. “Foi uma das maiores violações perpetradas contra a Constituição, que o Senado terá obrigação de rever”, afirmou.

JORNAIS- Policiais Rodoviários Federais de Pernambuco que desempenham atividades internas vão entregar, hoje, os cargos e funções de chefia e retornar às atividades externas — nas rodovias. Eles exigem a implementação da reestruturação do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF). O ato será realizado na sede da Superintendência Regional da PRF, no Pina, a partir das 14 horas.

Perguntar não ofende: Teremos uma nova eleição ou um governo de coalizão?

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