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Enviado por alexandre em 01/06/2015 09:22:47

Dilma ignora conselho de Lula e veta fim do fator

Gerson Camarotti

A manutenção da credibilidade na condução das contas públicas no Brasil a longo prazo foi o principal motivo para a presidente Dilma Rousseff indicar sua disposição de vetar a mudança no fator previdenciário incluída numa medida provisória do ajuste fiscal. Dilma chegou a ser aconselhada até mesmo pelo ex-presidente Lula a manter a mudança e não vetar o fim do fator. Em favor de uma decisão política nesse sentido, estaria o fato de que o fim do fator previdenciário teria um impacto relativamente pequeno nos cofres do governo nos próximos quatro anos. 

Mas o grupo mais próximo de Dilma avalia que uma decisão como essa seria um péssimo sinal para a economia. E, do ponto de vista político, iria expor até mesmo os deputados petistas e aliados que votaram com o governo para manter o fator. 

“O Lula poderia ter derrubado o fator, mas não fez isso no governo dele. Isso porque teve responsabilidade. É mais fácil sugerir isso quando você não está mais na cadeira de presidente. É verdade que o impacto imediato será pequeno. Mas é um péssimo sinal para a credibilidade do país”, observou um interlocutor da presidente Dilma. 

Entre as alternativas propostas ao fim do fator previdenciário, ganha força a adoção da fórmula 85/95, que inclui a soma da idade de mulheres/homens com o tempo de contribuição do aposentado. Mas, para ser sustentável, o governo estuda adotar uma espécie de gatilho flexível que inclui a expectativa de vida ao longo dos anos para atualizar fórmula. 

De todo jeito, a presidente Dilma Rousseff só quer apresentar a proposta do governo depois de ouvir as centrais sindicais. Internamente, há o reconhecimento de que o fim do fator previdenciário acabou expondo o momento de fragilidade política do governo Dilma.

O governo corre para ter uma proposta fechada nas duas próximas semanas, quando Dilma fará os vetos necessários nas medidas provisórias do ajuste fiscal. Se não houver tempo, a proposta pode ser apresentada em agosto, período em que os vetos serão analisados pelo Congresso.


Para Época, Globo é vítima de J. Hawilla

Das quatro revistas semanais brasileiras, Veja, Istoé, Carta Capital e Época, esta última foi a única que não dedicou sua capa ao escândalo de corrupção no futebol mundial, que tem como personagem central o empresário J.Hawilla, dono da empresa de marketing esportivo Traffic.

Hawilla, como se sabe, compra direitos de torneios como a Copa do Brasil, e os revende imediatamente à Globo. É, portanto, apenas uma atravessador. Mais do que isso, é sócio direto dos Marinho nas emissoras que possui no interior paulista. Ou seja: tem relações umbilicais com a Globo. No entanto, quem lê Época, que dedica sua capa a uma bizarra edição retrô ambientada em 1985, sai com a impressão de que a Globo é vítima das traquinagens de Hawilla.

"Como o empresário J.Hawilla criou e alimentou um esquema internacional de pagamento de propinas, que levou à cadeia oito dirigentes da Fifa", diz a chamada do texto.

Ora, se Hawilla pagava propinas, de onde saíam os recursos? Evidentemente, da empresa que comprava os direitos de transmissão dos torneios que ainda hoje exibe. Não por acaso, a Globo cogita demitir o executivo Marcelo Campos Pinto, que é o "rei do futebol" na emissora – ele, no entanto, ameaça colocar a boca no trombone. Qualquer que seja o desfecho do caso, é de se questionar: não seria aplicável, neste caso, a teoria do domínio do fato?  (Do blog BR 247)

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