Sem crédito ou cheque
Sempre chamou a atenção de quem convivia com Marco Polo Del Nero e José Maria Marin a aversão de ambos ao cheque e ao cartão de crédito.
Tinham a mania de pagar todas suas despesas pessoais, como contas em restaurantes e os caros presentes dados à namorada e à mulher, em dinheiro vivo.
Da TV Hawilla não abre mão
Para pagar os 151 milhões de dólares à Justiça americana, J. Hawilla resolveu vender todos os seus negócios. Menos um. Justamente o mais lucrativo: suas retransmissoras da Globo no interior de São Paulo.
CBF aponta rejeição entre os torcedores ao horário
Antes de o mundo cair sobre sua cabeça, Marco Polo Del Nero pediu à Globo para acabar com jogos às 22 horas.
A CBF tem pesquisas mostrando rejeição ao horário – tanto do telespectador quanto do torcedor que vai ao estádio.
Silveira: ao lado do poder
Não foi só o diretor jurídico, Carlos Eugênio Lopes, que atravessou incólume os terremotos e mudanças dentro da CBF (leia mais aqui ) dos tempos de Ricardo Teixeira até a era Marco Polo Del Neto.
Outro sobrevivente é Alexandre Silveira, personagem discreto, que começou como telefonista da CB nos anos 90, passou a homem de confiança de Ricardo Teixeira – era uma espécie de faz tudo do ex-presidente da CBF, acompanhava-o em eventos, carregava suas malas, atendia e fazia ligações no celular do chefe e muito mais. Oficialmente, era o secretário particular de Teixeira.
Continuou surpreendentemente fazendo a mesma coisa na gestão José Maria Marin. E desde abril, quando Marco Polo assumiu a condição de chefão do futebol brasileiro, manteve-se no mesmo lugar.
Discreto, sempre de terno, homem de poucas palavras, de fidelidade canina aos chefes e com as mãos sempre ocupadas (seja abrindo a porta dos carros para os patrões, seja carregando pastas e malas), Silveira é, além de um sobrevivente, alguém que viu e ouviu muito.