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Enviado por alexandre em 22/05/2015 12:11:10

Cunha manda aliados tocar sua reeleição

A pedido de Eduardo Cunha, o deputado novato Marcelo Álvaro Antônio, do PRP de Minas Gerais, já começou a colher assinaturas para apresentar uma PEC que permita a reeleição para presidente da Câmara.

Atualmente, a Constituição proíbe que um presidente da Câmara se candidate à reeleição.

Com o poder e influência que ele tem hoje sobre os deputados, a PEC terá tranquilamente os necessários dois terços dos votos. Nem é preciso falar na velocidade da tramitação da proposta – dessa tarefa Cunha cuidará pessoalmente.

A propósito de querer se eternizar no comando da Câmara, essa ambição de Cunha é uma das explicações para sua nova postura diante de Renan Calheiros. Uma PEC precisa também ser aprovada no Senado. Cunha, portanto, necessita mais do que nunca fazer algum carinho em Renan.  (Lauro Jardim  Veja)


Governadores: enxugar gelo e ensacar fumaça

Os governadores estaduais deixaram Brasília   mais  ou  menos como chegaram:  desconfiados do haver participado  de uma reunião que a pretexto de discutir o pacto federativo, resumiu-se a um exercício de enxugar gelo e ensacar  fumaça.

Reunidos pelo  presidentes da Câmara e do Senado, com apenas três ausências, os governadores acreditam que dificilmente o Congresso poderá suprir o vazio de suas dificuldades de caixa, de dívidas e de investimentos, coisa que apenas ao governo federal seria dado resolver.

Os super poderes do palácio do Planalto tem sido utilizados para aumentar  as agruras dos estados, que por sinal apresentam reivindicações até  contraditórias. A Federação cada vez mais transforma-se em  peça de ficção.  (Carlos Chagas)


De Stálin a JK

 Bernardo Mello Franco - Folha de S.Paulo

As virtudes de um homem público não são medidas apenas por seus próprios atos e discursos. É preciso ouvir com atenção ao que dizem sobre ele. Às vezes, os afagos dos aliados revelam mais do que os ataques dos adversários.

Nesta semana, Eduardo Cunha abriu caminho para cumprir uma das promessas que o alçaram à presidência da Câmara: a construção do chamado shopping dos deputados. O custo é estimado em R$ 1 bilhão, e a empreiteira contratada poderá explorar a área comercial em troca de parte do valor da obra.

A licença foi aprovada graças a um "jabuti", um artigo incluído em uma medida provisória que tratava de outro assunto. Os debates foram acalorados até mesmo para os padrões da gestão Cunha. Ele foi chamado de "ditador", comparado ao soviético Josef Stálin e acusado de usar o cargo para fazer negócios.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) avisou que a proposta de construção "vai ser lida como propina, maracutaia, irresponsabilidade", mas não conseguiu convencer a maioria dos colegas. Os aliados de Cunha saíram em defesa do projeto.

"Os deputados novos e os deputados antigos querem melhores condições de trabalho. Nós estamos num cubículo lá em cima", reclamou Darcísio Perdondi (PMDB-RS).

"Será que nós temos dignidade e condições dignas para receber delegações estrangeiras? (...) Nós não podemos viver eternamente com complexo de vira-lata", emendou Heráclito Fortes (PSB-PI).

A promessa de ampliação dos gabinetes fez efeito, e a norma que permitirá a obra foi aprovada. Ao fim da sessão, Cunha passou a ser comparado a Juscelino Kubitschek. "Vossa Excelência está mostrando a coragem que JK mostrou", disse Delegado Edson Moreira (PTN-MG).

"Vossa Excelência está sendo um presidente do sindicato dos deputados, que defende os interesses dos deputados. Parabéns!", concluiu Giovani Cherini (PDT-RS).

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