Janot defende que apenas a PGR peça diligências A propósito, não foi à toa que os delegados começaram a colher depoimentos de investigados na Lava-Jato sem passar pela Procuradoria-Geral da República. Por trás disso, está mais uma disputa de competências entre procuradores e delegados. Diante da manifestação de Teori Zavascki ao autorizar a abertura dos inquéritos da Lava-Jato, determinando que apenas o PGR deveria pedir as diligências (leia mais aqui), os delegados decidiram, sob orientação da cúpula da instituição, comprar a briga e começar a fase de interrogatórios sem esperar o Ministério Público. Para defender seu ponto de vista, delegados citam o regimento interno do próprio STF, que fala na possibilidade de a autoridade policial também pedir diligências. Rodrigo Janot defende o contrário e diz que seria exclusiva da PGR a competência de pedi-las. Por Lauro Jardim Tags: Procuradoria-Geral da República, Rodrigo Janot, Teori Zavascki Costa: conversa com Janot Primeiro político investigado na Lava-Jato a depor, há duas semanas, Humberto Costa pediu uma audiência com Rodrigo Janot dois dias após o depoimento à Polícia Federal. Queria reiterar o que disse na tribuna do Senado ao saber que era alvo de um inquérito: estava à disposição dos investigadores, mas pedia celeridade no caso. Afinal, estar sob suspeita pode ser fatal para um político. Ao introduzir a conversa e dizer que havia sido ouvido pela PF dias antes, Costa surpreendeu-se com a reação do procurador-geral. Janot disse que não sabia que a PF começara a colher os depoimentos. Por Lauro Jardim Tags: Humberto Costa, Rodrigo Janot Teixeira: cilada para os partidos de esquerda O pastor Ezequiel Teixeira conseguiu aprovar ontem, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, a criação de uma subcomissão para apurar casos de violações em favelas tendo como vítimas cidadãos comuns e policiais. Articulada com a bancada evangélica, a subcomissão criada por Teixeira atingiu três objetivos. Primeiro, eleitoral: atendeu seus eleitores, muitos de favelas da Zona Norte do Rio de Janeiro – onde fica o Complexo do Alemão. O segundo objetivo era agradar os policiais e alfinetar defensores de direitos humanos. Ao incluir o tema da morte dos policiais, discussão muito cobrada pela categoria, que os acusa de ignorarem os riscos que os agentes correm. Finalmente, o terceiro e mais forte objetivo era político: tentar se apropriar de uma bandeira que há décadas era exclusiva de partidos de esquerda. Por Lauro Jardim Tags: Comissão de Direitos Humanos, Ezequiel Teixeira, policiais |