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Enviado por alexandre em 02/03/2015 11:26:24

Lula começa reaproximação entre PT e PMDB

Em meio à crise entre PT e PMDB que se espalhou pelos Estados e coloca em risco a governabilidade da presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou um processo de pacificação com o principal partido da base aliada. A relação entre petistas e peemedebistas já dá sinais de reaproximação no Rio e em São Paulo. No entanto, em Pernambuco, Bahia, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul o discurso ainda é de enfrentamento, com reflexos no Congresso, tornando a tarefa de Lula mais árdua. Em Pernambuco , à revelia da aliança nacional entre o PT e o PMDB, a bancada peemedebista exerce forte oposição ao PT. Somente o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), tem interlocução com Michel Temer e assume a posição de aliado. . Em Minas Gerais, a aliança também começa a apresentar desgaste.

Os petistas temem pelo PMDB no comando da Câmara dos Deputados e do Senado e o movimento pelo impeachment de Dilma lançado pela oposição. Sob pressão da Executiva Nacional, o PT fluminense foi em busca da reaproximação, e o presidente regional, Washington Quaquá, se reuniu com o presidente do PMDB fluminense, Jorge Picciani, na última quinta-feira.


Manobra do PMDB, faz CPI focar só era petista

Da Folha de S.Paulo – Andréia Sadi

O PMDB da Câmara dos Deputados articulou uma estratégia nos bastidores com o presidente da CPI da Petrobras para isolar o PT na nova comissão e limitar os trabalhos de investigação aos governos Lula e Dilma (2005-2015), como quer a oposição. Partido aliado quer barrar tentativa governista de incluir gestão FHC na apuração.

A operação do partido com Hugo Motta (PMDB-PB), eleito presidente da CPI na semana passada, visa desidratar os planos do relator da comissão, Luiz Sérgio (PT-RJ), de investigar desvios na estatal desde o período do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Sérgio vai apresentar seu calendário de atuação na próxima quinta, mas, na semana passada, afirmou que seria importante levar a investigação para o período de FHC.

Os relator se baseia no depoimento do ex-gerente Pedro Barusco que, em sua delação premiada, afirmou à Polícia Federal que começou a receber propina entre 1997 e 1998, da empresa holandesa SBM Offshore.

Barusco também relatou que o esquema da Petrobras rendera ao PT entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões entre 2003 e 2013.


Contramanifestação petista vai às ruas

O PT prepara uma manifestação – ou melhor, uma espécie de contramanifestação – para o dia 13 de março, dois dias antes do movimento que promete ir às ruas pelo impeachment de Dilma Rousseff.

A informação é de Lauro Jardim na sua coluna do jornal O Globo.

Por enquanto o partido programa passeatas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Mas outras cidades também poderão entrar nos planos dos petistas

Pelo menos oficialmente, o governo Dilma quer distância dessa manifestação.

Não é só Lula que tem reclamado de Dilma Rousseff.

 Dilma detestou e comentou com alguns interlocutores a ida de Lula, na terça-feira passada, a um ato “em defesa da Petrobras”.


Dilma, o governo e a lista Janot

Ricardo Melo – Folha de S.Paulo

O suspense que cerca a lista Janot remete imediatamente ao filme "Inside Job" ("Trabalho Interno", na tradução brasileira).

Para quem não conhece, o documentário de 2010 mostra sem meios-tons como foi conduzida a crise econômica que mergulhou o mundo num atoleiro (alô, "The Economist"!) do qual ele não saiu até agora. Meia dúzia de bilionários, junto com o governo americano, decidem quem vai quebrar (e depois se levantar, claro), quem vai se salvar e como apagar as digitais da lambança criada pela especulação sem fim do capital financeiro.

Esqueça as manchetes de jornais, sites e programas de rádio e TV. A lista Janot vem sendo objeto de negociações nervosas, tensas, à luz do dia ou na calada da noite. Motivo? Simples: se explorada às últimas consequências, a papelada vai escancarar a relação promíscua entre o empresariado nacional (e internacional) e o poder público doméstico, seja qual for o partido de plantão.

Só isso explica tanto segredo. Os vazamentos chancelados pelo juiz Sergio Moro não passam de aperitivo selecionado. Qualquer bacharel recém-formado, sem precisar de condecorações da Escola Superior de Guerra, é capaz de impugnar a investigação. Como fizeram com a Castelo de Areia ou com a Satiagraha. Depende de quem vai julgar...

O cidadão, entre atônito e curioso, assiste a um enredo de novela estendida conforme os índices de audiência. Os elementos se renovam diariamente: invasão da casa do procurador, ameaças de morte, encontros furtivos com advogados, Ministério Público contra AGU, CGU. Angu não falta. O grande mistério é a receita a ser vendida ao público.


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