Porto Velho, Rondônia – “Política é como nuvem. Você olha e ela esta de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. A frase é do ex-governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto, numa metáfora para explicar como as opiniões, posições e interesses mudam de acordo com as conveniências, com os lucros - políticos ou não - que se pode obter sendo uma “metamorfose ambulante”.
Rondônia, a exemplo do restante do país, é prospera em probos homens públicos que, como num passe de mágica, mudam de posição e de lado, de acordo com a sua necessidade momentânea.
É o caso do deputado estadual Laerte Gomes (PEN). Ele foi eleito no palanque do candidato derrotado ao Governo, Expedito Junior (PSDB), de quem foi coordenador de campanha, especialmente no segundo turno.
Homem de confiança do ex-senador cassado, Laerte deu uma guinada política e caiu no colo do governador Confúcio Moura (PMDB), de quem vai virar líder na Assembleia Legislativa.
E Laerte não é o primeiro e nem será o último a “pular a cerca” da política. No começo do mandato do atual prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif (PSB), o vereador “Apocalipse” Jair Montes (PTC) era um crítico ferrenho e defendia até a criação de uma CPI para escorraçar o turco da prefeitura.
Preso na Apocalipse, Montes saiu da cadeia e virou líder de Nazif na Câmara Municipal, endeusando o prefeito e o seu irmão Gilson Nazif, uma espécie de primeiro-ministro na prefeitura.
Vai ver que o tempo preso fez Montes refletir sobre o quão bom e competente são os Nazif.
Confúcio e o líder
Desde que assumiu o primeiro mandato, Confúcio não conseguiu emplacar um líder de peso, em condições de representar bem o Executivo no Parlamento Estadual.
De David Chiquilito a Marcos Donadon (PMDB), que está preso; assando por Edson Martins (PMDB) ao encalacrado Kaká Mendonça (PTB), nenhum conseguiu exercer a liderança com a competência esperada.
Fonte:
Rondonoticias