Regionais : Não há na ALE projeto sobre aumento dos salários dos deputados, diz Hermínio
Enviado por alexandre em 10/12/2014 17:20:00

Não há na ALE projeto sobre aumento dos salários dos deputados, diz Hermínio

 

 

 

Causou surpresa ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho, a notícia divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintero) de que ele não teria recebido lideranças sindicais das mais diversas categorias de servidores públicos por estar no gabinete discutindo aumento do vencimento dos próprios deputados.

“Considero que foi uma notícia infeliz. Parece até que vieram à Assembleia a mando do governo. Primeiro, que não agendaram previamente nenhuma audiência com meu gabinete. Em segundo que, se querem tratar de salários, de reajustes, perdas, realinhamentos, etc, precisam pedir ao governo que envie o projeto de lei com suas reivindicações. Aqui, vamos discutir quando o projeto estiver na Casa. Por fim, não há qualquer projeto tratando do aumento dos vencimentos dos deputados nesta Assembleia”, informou Hermínio.

O deputado explicou que os sindicalistas chegaram num momento em que ele discutia com alguns deputados a definição da pauta da penúltima sessão ordinária do semestre. Quando a reunião terminou, os representantes dos servidores já haviam saído, permanecendo na sala de reuniões apenas representantes dos auditores fiscais, que foram recebidos pelo deputado.

Com relação a versão de que os parlamentares discutiam o aumento dos próprios salários, Hermínio explicou que o vencimento dos deputados estaduais está constitucionalmente vinculado ao vencimento dos deputado federais, isto é, qualquer discussão neste sentido, somente se o Congresso resolver aumentar os salários dos deputados e senadores.

“Caso isso ocorra, não só nós deputados estaduais como também os vereadores terão direito ao aumento de seus vencimentos, proporcionalmente. É um efeito em cascata e não fomos nós que criamos isso, mas sim, a própria constituição. Tentar mudar essa realidade e criar versões fantasiosas é coisa de sindicalismo pelego”, criticou Hermínio.

 

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PEC de Hermínio Coelho estabelece que teto salarial de servidor público seja o subsídio de desembargador

 

 

 

Com o propósito de fixar de forma clara o teto salarial a ser aplicado para os servidores públicos do Poder Executivo de Rondônia, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Hermínio Coelho (PSD), apresentou proposta de emenda constitucional que acrescenta o artigo 19 às disposições constitucionais transitórias da Constituição Estadual, definindo como base de cálculo o subsídio de desembargador, já que até o momento o cálculo recai sobre o subsídio do governador do Estado.

Subscrita por oito parlamentares, a proposição foi lida na sessão plenária de terça-feira (09). Foi amplamente debatida. Recebeu parecer favorável do deputado Luizinho Goebel (PV) e, em seguida, o deputado Euclides Maciel (PSDB) pediu vista ao projeto com a finalidade de analisar a matéria mais detalhadamente.

“Tomamos essa iniciativa porque 20 unidades da Federação já definiram o subsídio de desembargador como sendo o teto remuneratório dos servidores públicos do Poder Executivo (Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Tocantins, Amapá, Bahia e Pernambuco). A iniciativa de projeto de lei para aumentar o subsídio do governador e secretários de Estado é de competência exclusiva deste Poder Legislativo, o que estávamos propensos a fazer. Entretanto, o governador não concorda em que a Assembleia Legislativa aprove lei no sentido de aumentar o seu subsídio, tendo encaminhado a este Poder uma mensagem solicitando, de forma veemente, que não seja promovido nenhum aumento no mesmo. Segundo o governador, tal aumento geraria um impacto na folha de pagamento do Estado. Portanto, estamos apresentando essa alternativa para não prejudicar categorias de servidores públicos que têm salário fixado no subsídio do governador”, esclareceu Hermínio Coelho.

Conforme a proposta de emenda constitucional, a aplicação do teto remuneratório dos servidores e membros do Poder Executivo passará a ser o subsídio de desembargador. Sua aplicação se dará de forma escalonada, a partir de 2015 até 2018. O artigo 19 das disposições constitucionais transitórias da Constituição Estado passará a ter a seguinte redação: O teto remuneratório dos servidores e membros do Poder Executivo, obedecerá o seguinte regramento: I – Para o exercício de 2015, até 31 de dezembro, o percentual será de 87 (oitenta e sete) por cento do subsídio do desembargador; II – Para o exercício de 2016, até 31 de dezembro, o percentual será de 91 (noventa e um) por cento do subsídio do desembargador; III – Para o exercício de 2017, até 31 de dezembro, o percentual será de 95 (noventa e cinco) por cento do subsídio do desembargador; e IV – Para o exercício de 2018, a partir de 01 de janeiro, o percentual será de 100 (cem) por cento do subsídio do desembargador.

“Esse congelamento do subsídio do governador provoca um prejuízo substancial aos auditores do Estado, sendo que 70 deles sofrem mensalmente o estorno salarial e outros 70 deixam de receber acréscimo remuneratório em razão do atual teto. O último aumento do subsídio do governador foi aprovado pela Assembleia Legislativa no mês de abril de 2012, no valor de R$ 23.022,00. Entretanto, de abril de 2012 a outubro de 2014, a arrecadação tributária no Estado de Rondônia teve um crescimento no percentual de 34%. De forma específica, a categoria de auditores do Estado está sendo prejudicada sobremaneira, pois o teto remuneratório dos mesmos tem como limite o subsídio do governador do Estado”, argumentou o presidente da Assembleia Legislativa, ao citar que atualmente no quadro de servidores do Poder Executivo somente a categoria de auditores tem problema com o limite do teto remuneratório, pois os defensores e procuradores do Estado têm o limite atrelados ao subsídio de desembargador do Tribunal de Justiça.

A PEC foi levada ao debate em plenário e vários deputados colocaram posicionamentos a favor e contrário a proposição. O deputado Luizinho Goebel, em plenário, concedeu parecer favorável ao projeto de emenda constitucional, o que foi aprovado, mas, em seguida o deputado Euclides Maciel pediu vista para melhor análise, o que foi concedido pelo presidente Hermínio Coelho.


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