Mais Notícias : As vantagens da mentira
Enviado por alexandre em 26/11/2014 10:10:12

As vantagens da mentira

Carlos Brickmann 

 Os Dez Mandamentos da Lei de Deus são severos, rígidos; e nem eles proíbem a mentira. O estadista britânico Winston Churchill dizia que a verdade é tão preciosa que precisa ser protegida por uma muralha de mentiras. A mentira, vemos, tem muitas vantagens; mas tem o poder de destruir quem acredita nela.

Todos assistimos à campanha eleitoral, todos assistimos hoje à desconstrução, pela presidente Dilma, daquilo que a candidata Dilma afirmava. Não tem grande importância: o importante é que a presidente tenha reconhecido, ao escolher sua equipe econômica, a necessidade de gastar menos do que o Governo arrecada, de evitar manobras criativas com a aritmética, de fingir que a inflação e as contas externas estão sob controle, que tudo vai bem e no melhor dos mundos.

Independentemente das promessas de campanha, Joaquim Levy é um bom nome para a Fazenda? Este colunista não tem a menor ideia: sabe que fez uma carreira sólida, que ocupa alto cargo num grande banco, mas se é capaz de formular uma política econômica é algo a ser visto no futuro. É coisa nova para ele.

Há quem ache que o ministro da Fazenda, de fato, será a presidente Dilma. Aí não vai dar certo: da mesma forma que nenhum presidente terá uma boa política econômica com ministros compreensivos como Guido Mantega, nenhum bom ministro aguentará ficar levando pitos, ouvindo gritos e cumprindo ordens.

Dizer uma coisa na propaganda e fazer outra, OK - desde que se faça o que é preciso. O que não pode ocorrer a um governo é acreditar na própria propaganda.

Levy não é o que Dilma prometeu. E alguém tinha acreditado na promessa?

Internet como prova de traição

No plantão do fim de semana, o juiz Alexandre Morais da Rosa, de Santa Catarina, recebeu um processo de uma briga de casal. A mulher, achando que tinha sido traída, pedia para a Justiça obrigar o marido a mostrar as mensagens de WhatsApp no celular.

É fenômeno mundial. Na Itália, 40% das ações de divórcio por infidelidade usam o aplicativo como prova da traição. As informações são do colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.


Dilma volta a falar em manter Graça Foster na Petrobras

 Contrariando as pressões vindas do PT, da oposição e de setores do mercado, a presidente Dilma Rousseff voltou a falar nos últimos dias em manter Graça Foster no comando da Petrobras, segundo informa Clarissa Oliveira, no blog Poder Online.

Segundo a colunista, parte dos petistas entende a posição da presidente como um reconhecimento da “lealdade” demonstrada por Graça em meio à crise sobre desvios na estatal.

Embora vários integrantes do partido defendam a substituição, há também quem enxergue um lado muito positivo na decisão de mantê-la no cargo: a crise sobre o esquema de propina continuaria respingando sobre Graça, que já teve a imagem abalada pelas denúncias, em vez de recair sobre outro quadro. Até porque ninguém duvida que ainda há muita coisa para acontecer.


A partilha do butim: esse é meu, esse é teu, esse é meu

 Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha se acertaram, num encontro que tiveram a três. O motivo da conversa era a divisão dos ministérios que cabem ao PMDB da Câmara e do Senado, revela Lauro Jardim, em sua coluna na Veja Online.

Ficou acordado -- diz o colunista -- que Eduardo Cunha, por exemplo, indicará o nome de Henrique Eduardo Alves. Temer quer fazer Eliseu Padilha ministro também.

O PMDB do Senado ficaria, além da vaga já certa para Kátia Abreu, com as indicações de Eunício Oliveira e Eduardo Braga.

Renan Calheiros acertou ontem com Dilma Rousseff a indicação do senador Vital do Rêgo para uma cadeira no TCU. Vital, pelos serviços prestados ao governo na CPMI da Petrobras, virou um nome sem páreo para o posto.


O juízo final ainda vem por aí: o dos americanos  Acredita que a Operação Lava-Jato e a Operação Juízo Final são um tsunami político? Pois não são: tsunami mesmo são as investigações americanas sobre a Petrobras, que a empresa acaba de confirmar. A SEC, equivalente americana à CVM, investiga a Petrobras para saber se os investidores que compraram seus recibos de depósito (ADR) na Bolsa de Nova York foram ou não prejudicados. E o Departamento de Justiça a investiga por denúncias de corrupção, de acordo com a Lei de Atos de Corrupção no Exterior.

Quem cuida do caso é a procuradora-geral assistente do Departamento de Justiça, Leslie Caldwell. A Petrobras contratou dois escritórios de advocacia, o brasileiro Trench, Rossi & Watanabe e o americano Gibson, Dunn & Crutcher, especializados nas leis americanas anticorrupção, que preparam uma auditoria das contas e práticas comerciais da empresa, para demonstrar que estão de acordo com as leis dos Estados Unidos. Foi uma legislação desse tipo, na Europa, que levou a multinacional alemã Siemens a contar ao menos parte do que sabia do cartel dos trens em São Paulo.

Para os EUA, quem deve ser punido é a pessoa que agiu fora da lei, não a empresa. É importante, diz Leslie Caldwell, que o funcionário saiba, ao transgredir a lei, que corre o risco de ir para a prisão, e perdendo o que tiver acumulado.(Carlos Brickmann)


Tucanos: acordão deixa mentor do impeachment para trás

 A ideia de pedir a auditoria do resultado da eleição presidencial e o acordão para não convocar políticos na CPMI da Petrobras minaram as chances de Carlos Sampaio (foto) ser o novo líder do PSDB na Câmara dos Deputados.

Agora, os nomes mais fortes no páreo são Marcus Pestana, Domingos Sávio e Duarte Nogueira.

Contra Pestana e Sávio, pesam as pechas de falastrões. Sávio, por exemplo, até hoje é alvo de piadas entre os colegas, por ter compartilhado no grupo de WhatsApp da bancada, durante a campanha, um selfie no jatinho de Aécio Neves. Com o candidato ao fundo. (Veja - Radar on-line - Lauro Jardim) 


Ala majoritária do PT se reúne para alinhar discurso

 A corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) vai se reunir antes do encontro do diretório nacional petista, para alinhar o discurso e definir qual é o tom que vai propor para as resoluções que devem ser apresentadas pelo partido sobre a eleição deste ano e o novo governo da presidente Dilma Rousseff.

Um assunto já esperado é a escolha da nova equipe econômica do governo e as primeiras indicações para o ministério de Dilma a partir do ano que vem. Mas um outro assunto que pode surgir nas conversas de bastidores é a relação entre a corrente, que dá as cartas no partido, e o presidente da legenda, Rui Falcão.

Embora não pertença à CNB, Falcão foi conduzido ao cargo com o apoio da ala majoritária, integrada por nomes como o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do partido José Genoino e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas últimas semanas, alguns integrantes da corrente se queixaram sobre a forma como ele vem conduzindo as conversas com o Palácio do Planalto para a composição do novo governo. Mas boa parte da legenda, inclusive Lula, tem dado respaldo integral ao presidente do partido. (Blog Poder Online - Clarissa Oliveira)

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