Regionais : Expedito diz que este é um governo da enrolação
Enviado por alexandre em 21/10/2014 21:44:12

Embora o candidato à reeleição afirme que a área de saúde estadual está
excelente quanto ao atendimento da população carente de Rondônia, o
Sindicato dos Médicos alerta que a UTI Neonatal corre o risco de não
conseguir fechar os plantões mensais porque vários especialistas pediram
demissão e foram trabalhar em outros estados que possuem uma carreira e
remuneração mais atrativas que Rondônia.
O candidato Expedito Junior (PSDB) garantiu que tem como proposta melhorar
a saúde implementando o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração e
colocando em prática a regionalização para que o atendimento na atenção
básica no interior do estado funcione corretamente. Junior disse que vai
dialogar com todos os segmentos que compõem a saúde para encontrar as
saídas de forma negociada, em particular quanto à questão salarial.
"Destinar recursos para Saúde e Educação não é gasto, é investimento.
Tenho consciência do tamanho dos problemas que vamos enfrentar a partir de
janeiro e vou indicar para os cargos comissionados das pastas pessoas que
conheçam a área e com experiência. Não é possível melhorar a saúde e
educação sem ouvir e prestigiar quem de fato esta dentro do sistema e sabe
diagnosticar os problemas, apresentando as soluções.  Chega de improviso e
enrolação. Confúcio Moura loteou o governo com os políticos e os partidos
aliados e o resultado é catastrófico. Um dos gargalos é a corrupção. É
revelador o silêncio do governador em relação as denúncias de corrupção
que foram divulgadas a partir da delação premiada feita por José Batista,
ex-homem de confiança do governador. Confúcio se calou e faz de conta que
as denúncias de corrupção envolvendo seus parentes não existem. Querem
ainda mais quatro anos? Pra isso?", desabafou Junior.
De acordo com o sindicato, nos últimos cinco anos o número de cirurgiões
vasculares caiu pela metade e de lá pra cá não se operam mais varizes no
serviço público. Muitos pacientes estão ficando incapacitados para o
trabalho e o problema já se tornou um caso de saúde pública, como já
atestou o próprio MP.
Para piorar, segundo um dirigente sindical,  o estado conta na capital com
três cirurgiões pediátricos e no interior existe apenas um, muito menos do
que há cinco anos. As filas para as cirurgias pediátricas são enormes e os
casos mais graves são os priorizados por profissionais abnegados  que se
desdobram para evitar o caos. O estado criou várias vagas de UTI, mas não
tem médicos intensivistas para ocupar estas vagas, por isto coloca médicos
sem a especialidade para cuidar dos casos graves.
 "Só existem hoje no serviço público do estado dois cirurgiões cardíacos,
exatamente a metade do que havia há dez anos. Ou seja, fica impossível
que os pacientes cardíacos tenham um tratamento adequado" revela um
sindicalista que optou em manter o anonimato.
Recentemente o estado pressionado pelos sindicatos, pelo MP e pelo TCE
abriu um concurso público. Mas só ofereceu uma vaga em cada especialidade.
O que revela o descaso com o setor, embora o governo se regozije com as
compensações arquitetônicas.

ASCOM

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