As expressões "problemas multicêntricos" e "desadaptação criativa" são algumas das inovações que a senadora Marina Silva (PV), pré-candidata à Presidência, trás em seus discursos. A senadora garante não inventar palavras novas, mas reconhece ter dado um sentido particular a alguns verbetes. Um dos preferidos é "transversalidade". A "tradução" parece mais complicada do que a própria palavra. "Esta era muito usada por mim e por minha equipe para mostrar que a gente precisa de um conhecimento que seja transversal, com uma interação que seja transdisciplinar", explica. No ABC do "marinês", índios e ribeirinhos da Amazônia são sinônimo de "povos da floresta". Causas que todo político diz apoiar e que nunca saem do papel, como a reforma tributária, viram "consensos ocos". Para reforçar a ideia de paralisia: "ocos e congelados". Algumas expressões precisam ser decifradas pelo eleitor, como: "Precisamos construir uma aliança intergeracional com compromisso ético". Isso significa que ela quer atrair pessoas de todas as idades e honestas.