Regionais : Brasil é o time que menos treina entre os oito finalistas da Copa do Mundo
Enviado por alexandre em 03/07/2014 12:47:24

Com uma rotina de folgas pós-jogos e treinos mais leves para os titulares, o Brasil é o time que menos trabalha entre os oito que ainda estão vivos na Copa do Mundo. De acordo com levantamento feito pelo UOL Esporte, nenhuma seleção teve três dias livres durante a competição como a seleção brasileira.

O Brasil de Felipão folgou três vezes durante da Copa do Mundo. Depois dos empates contra México e Chile, os jogadores tiveram o dia seguinte livre e só precisaram se reapresentar na manhã posterior. Após a vitória contra  Camarões, por sua vez, a folga foi na Granja Comary, justamente para responder às críticas de que o time estava trabalhando pouco.

Quem mais chegou perto foram Colômbia e Holanda, que liberaram seus jogadores em duas oportunidades. França, Alemanha e Costa Rica tiveram apenas um dia de descanso, enquanto Argentina e Bélgica tiveram de se contentar com alguns períodos de mordomia.

Mais que os dias livres, impressiona a intensidade dos treinamentos. Depois de conquistar a vaga nas quartas contra o Chile nos pênaltis, a seleção brasileira tardou a voltar ao batente. Depois da folga de domingo, só os reservas foram ao gramado na última segunda, enquanto os titulares fizeram um treino regenerativo.

Na terça, mais folga para Neymar e companhia, que viram o time de baixo jogar contra o Sub-20 do Fluminense enquanto se fortaleciam na academia. No total, foram três dias seguidos sem contato com a bola para um time que, segundo o próprio Felipão disse em entrevista a um grupo de jornalistas, precisa de ajustes.

Em outras seleções, a rotina é diferente. Depois dos jogos, é normal que os atletas que estiveram em campo não trabalhem no gramado, para se recuperarem do desgaste. No dia posterior, porém, todos costumam trabalhar normalmente. Como não há folga pós-partida na maioria das seleções, o resultado é uma carga de trabalho muito maior que a da seleção brasileira.

A reportagem consultou a CBF para saber o motivo da disparidade. Segundo a entidade, a programação é definida de acordo com questões científicas e culturais, e a comissão dá folga nos momentos que considera ideais. A folga pós-jogo seria, na visão do treinador e seus auxiliares, uma tradição brasileira, agravada pelo fato de que o time está em casa e mais próximo de familiares e amigos.

O descanso um dia depois das partidas é, de fato, uma coisa comum no futebol brasileiro, mas somente em casos de calendário folgado. Equipes grandes, quando jogam aos domingo, por exemplo, costumam liberar seus atletas na segunda caso a semana esteja livre. Se há um compromisso na quarta-feira, por exemplo, a praxe é que todos se reapresentem normalmente, sem nenhuma parada.

Curiosamente, o Brasil é um dos finalistas da Copa do Mundo que mais se concentra, perdendo apenas para a Argentina, que vive em regime de clausura e sequer faz treinos abertos à imprensa. Rivais igualmente fortes como Holanda e Alemanha, porém, se notabilizaram pela simpatia e a flexibilidade na agenda. Desde que chegaram ao país, os jogadores dos dois times já foram à praia, visitaram comunidades carentes e praticaram esportes alternativos, sempre durante a sua rotina de trabalho.

O Brasil, enquanto está sob a batuta de Luiz Felipe Scolari, tem sido bem mais sisudo. Antes da Copa do Mundo, Felipão chegou a cogitar erguer um tapume em um dos lados da Granja Comary, em Teresópolis, para impedir que curiosos vissem os treinos da equipe. A ideia naufragou e a seleção tem lidado bem com o assédio, mas o contato ainda não passou o muro do CT.

Ao contrário do que acontece com outras seleções, o Brasil não fez passeios externos. Seus jogadores, ao contrário dos estrangeiros, também não se arriscam em passeios individuais fora dos hotéis onde se concentram antes dos jogos. Ainda assim, o time trabalha menos que os demais.

Fonte: copadomundo.uol.com.br


Fronteira do Brasil com a Colômbia será fechada para torcedores


As cidades vizinhas de Tabatinga (Amazonas) e Letícia (Colômbia) tinham fechado um acordo para que as torcidas colombianas e brasileiras cruzassem a fronteira para comemorar após seus jogos durante a Copa do Mundo. Isso aconteceu até o último sábado, quando os dois selecionados se classificaram para as quartas de final. Agora, a ordem é fechar o passo de fronteira no confronto entre ambas na sexta.

A orientação é proibir a passagem de carros e motos com bandeiras nacionais de um lado para o outro antes e durante a partida. Depois da partida, haverá um bloqueio policial ainda maior nos dois territórios, para evitar atritos entre os torcedores.

O Estado do Amazonas vai enviar até reforço policial de Manaus. Um grupo de 20 PMs vai ser enviada para Tabatinga, que fica situada a mais de 1.000 quilômetros da capital amazonense. Há a possibilidade de homens de Força Nacional, que estão em outras operações na região, ajudarem no controle fronteiriço das torcidas.

Do lado colombiano também há movimentação nesse sentido, mas, como há um contingente de mais de 300 agentes em Letícia, não será necessária a vinda de mais policiais de Bogotá. "Nosso acordo funcionou bem durante a primeira fase da Copa, mas deve haver problemas se deixarmos uma torcida comemorar enquanto a outra sofre. O melhor é fechar a fronteira mesmo", afirmou o comandante policial em Letícia, coronel Gildário Taborda.

Já, no sábado passado, quando o Brasil e na sequência a Colômbia venceram seus jogos de oitavas de final, a circulação das carreatas de torcedores na cidade vizinha acabou gerando o que no jargão policial é chamado de "desinteligências", ou seja, de atritos a brigas.

Antes da Copa do Mundo, as polícias de Letícia e Tabatinga fecharam um acordo para permitir as carreatas de torcedores passarem pela avenida que serve de divisa entre os dois países. A polícia anfitriã receberia a caravana motorizada vizinha e a guiaria pelas ruas, enquanto a polícia conterrânea dos torcedores iria escoltando as centenas de festeiros no exterior.

A iniciativa partiu dos vereadores de ambas as cidades, por pedido de torcedores, afinal, essa invasão já acontecia de forma espontânea e desorganizada. Durante a primeira fase da Copa, tudo foi bem, principalmente porque Brasil e Colômbia jogaram sempre em dias diferentes.

"O torcedor poderá se manifestar livremente dentro do município de Tabatinga. O que ele não poderá é cruzar a fronteira Brasil-Colômbia com a situação de fazer uma manifestação de massa no outro país" disse o juiz federal Társis Augusto de Santana Lima, que decidiu pelo reforço policial como medida preventiva.

Tabatinga e Letícia são como uma mesma cidade, divididas por dois países. Há casas e ruas localizadas nos dois países. A integração passa também por muitas famílias binacionais. Mas a combinação de bebida, festa, gente motorizada, alegria de um lado e tristeza do outro vai ser evitada pelas autoridades locais nesta sexta.

Fonte: copadomundo.uol.com.br

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