Depois de eleger seis governadores, o PSB quer – e possivelmente conseguirá - aumentar sua participação no governo da presidente eleita, Dilma Rousseff (PT). Os socialistas esperam ser contemplados no futuro governo com, pelo menos, três ministérios e uma estatal, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O partido está de olho no Ministério das Cidades, hoje com o PP, ou no da Integração Nacional, nas mãos do PMDB. Os socialistas argumentam que querem uma pasta com "mais capilaridade" pelo Brasil, o que representa um ministério com mais dinheiro e cargos. Hoje, o PSB comanda o Ministério da Ciência e Tecnologia e a pasta de Portos. "Da base do governo, somos o partido que tem mais governadores. Nós governamos tantos brasileiros quanto os governadores do PT", salientou o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos. Com uma bancada de 35 deputados federais, o partido estuda formar um bloco com o PDT e o PC do B para, desta forma, ganhar mais poder de fogo na reivindicação de ministérios. Os três partidos (PSB, PDT e PC do B) ficarão com 74 deputados, a partir de 1.º de fevereiro. Juntos teriam chances de pleitear cinco ministérios: três para o PSB, um para o PC do B (que manteria a pasta de Esportes) e outro para o PDT, que continuaria com o Trabalho. Ciro Gomes é o nome mais cotado para presidir o BNDES, caso o banco continue realmente na cota do PSB. Essa é a compensação que o partido quer dar ao deputado que, em maio, foi obrigado a desistir de se candidatar à Presidência. Eleito deputado federal, Gabriel Chalita (SP) é outro quadro considerado para ganhar uma posição no futuro governo. Com informações do Estadão.
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