Papa denuncia as guerras, a violência, e o terrorismo no Oriente Médio
AFP
O papa Bento XVI denunciou neste domingo "os conflitos, as guerras, a violência e o terrorismo" no Oriente Médio e estimou que "a paz é possível e urgente", durante o encerramento oficial do Sínodo sobre esta região realizado no Vaticano.
"Os conflitos, as guerras, a violência e o terrorismo duram há muito tempo no Oriente Médio. A paz, que é um dom de Deus, também é resultado dos esforços dos homens de boa vontade, das instituições nacionais e internacionais, em particular dos Estados mais envolvidos na busca de uma solução para os conflitos", afirmou durante a homilia na basílica de São Pedro.

"Nunca deve se resignar pela ausência de paz. A paz é possível. A paz é urgente. A paz é a condição indispensável para uma vida digna do ser humano e da sociedade", segundo o Papa.

Sua homilia foi precedida por uma procissão solene na basília, que reuniu cerca de 180 religiosos do Oriente Médio, que participaram do Sínodo e rezaram em suas respectivas línguas.

O Pontífice convidou a orar "pela paz no Oriente Médio" e afirmou pensar "nos numerosos irmãos e irmãs que vivem na região do Oriente Médio e encontram-se em situações difíceis (...) seja por problemas econômicos, por desânimo, devido à tensão ou ao medo".

Dentro deste contexto, "os cristãos (...) podem e devem contribuir (...) tornando-se construtores da paz e apóstolos da reconciliação em benefício de toda a sociedade".

O Sínodo para o Oriente Médio, que durou duas semanas, terminou no sábado pedindo o fim da ocupação israelense "dos diferentes territórios árabes" e afirmando que o Estado israelense não pode se basear na Bíblia para justificar uma política de colonização.