Regionais : Hermínio erra ao querer cancelar contratos de locação de veículos da SESDEC
Enviado por alexandre em 24/09/2013 11:12:12

Antes do contrato de terceirização, viaturas apodreciam nas garagens do governo porque para comprar qualquer peça era preciso abrir licitação

Nos últimos meses o deputado estadual Hermínio Coelho vem questionando o contrato de locação de viaturas para a SESDEC, e tecendo críticas em relação ao mesmo, alegando que o dinheiro gasto com os aluguéis poderia ser utilizado na compra de veículos que integrariam a frota do Estado.

O parlamentar está completamente equivocado em seus questionamentos, inclusive no que diz respeito a um suposto superfaturamento. Atualmente o Estado paga cerca de R$ 5.500 por cada camionete. Para se ter uma idéia, um jogo de pneus de um veículo desses, não sai por menos de R$ 3.200. Os carros são revisados, segurados e repostos em casos de acidente, em um prazo de até 24 horas.

Antes do contrato de terceirização, viaturas apodreciam nas garagens do governo porque para comprar qualquer peça era preciso abrir licitação. Faltavam viaturas e sobravam problemas. O secretário de Defesa, Marcelo Bessa, em entrevista recente, declarou que o valor do contrato foi reduzido, e de fato foi. O valor pago no governo anterior era de pouco mais de R$ 8 mil, mas a SESDEC, em reunião com as empresas que locam veículos, chegaram a um acordo e reduziram os valores em cerca de 30%.

Valor dos contratos foram reduzidos na gestão de Marcelo Bessa

Valor dos contratos foram reduzidos na gestão de Marcelo Bessa

Mesmo assim, em função do alto custo de manutenção das viaturas, uma das empresas decidiu não renovar o contrato, que encerra em outubro deste ano e uma nova licitação deverá ser feita. Para o estado é altamente vantajoso manter os contratos de terceirização de viaturas, principalmente no que diz respeito a reposição dos veículos e manutenção. A vida útil de uma camionete nas mãos da polícia militar, por exemplo, é de cerca de 6 meses, no máximo. Os carros circulam durante 24 horas em estradas esburacadas, locais de difícil acesso e muitas vezes em velocidade. Se esse carro pertencesse a frota oficial, dificilmente teria manutenção adequada e os custos de revisão superariam, em muito, o de locação.

Informações equivocadas

Na verdade a Assembleia Legislativa e o próprio presidente Hermínio Coelho trabalham com informações distorcidas baseadas no “ouvi dizer”. Os valores pagos atualmente estão abaixo dos praticados no mercado e esse é um dos fatores que fez a empresa não querer renovar o contrato. Se a Assembleia de fato fizesse as contas, veria que é muito mais vantajoso ao estado manter o contrato que simplesmente querer que o Estado compre veículos.

Os carros que pertenciam a frota estadual sequer serviram para serem vendidos como sucata.

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