Confúcio confirma que vai passar o facão nas contas do governo
Porto Velho, Rondônia - A crise financeira que Rondônia atravessa não é novidade para ninguém. Na manhã desta segunda-feira (12), o governador Confúcio Moura (PMDB) reuniu, no auditório do Palácio Presidente Vargas, logo no começo da manhã, o primeiro escalão do seu Governo para dar uma determinação expressa: cortar gastos. O corte começaria pela diminuição do número de comissionados nas secretarias, departamentos e órgãos estaduais. À tarde, ao se reunir com prefeitos, vereadores e deputados estaduais, o governador chegou a confidenciar que estuda até mesmo reduzir os salários dele próprio, do vice-governador, de secretários e demais ocupantes do primeiro escalão, de acordo com fontes do Rondonoticias. Segundo Confúcio, “em um ano, houve uma redução entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões na nossa receita, especialmente do Fundo de Participação do Estado (FPE). Não está fácil assegurar a máquina pública funcionando e estamos trabalhando para cumprir o nosso cronograma de obras e ações”. O chefe do Executivo fez ainda uma revelação: “considero um milagre que nossa administração esteja conseguindo fazer tantas obras, em todos os municípios, com tão poucos recursos. Viajo pelo interior e vejo máquinas trabalhando em todo cato e chego à conclusão de que é mesmo um milagre”. De acordo com o governador, o Estado tem assumido um papel de apoio aos municípios. “Tenho quase atuado como o prefeito das cidades, em alguns casos. As prefeituras estão com muitas dificuldades e tenho estendido as mãos”, completou. Confúcio, entretanto, declarou que novos convênios e parcerias estão praticamente descartados com os municípios, em razão da dificuldade financeira. “Até viajar de avião eu tenho evitado, para conter gastos”, informou. Mais cedo, aos secretários e assessores diretos Confúcio Moura determinou que haja um corte profundo de gastos em todos os setores, para assegurar a manutenção dos salários em dia e o pagamento do 13º salário, que não foi pago em julho, em razão de insuficiência de recursos em caixa. |