Regionais : Se Dilma erra, nós perdemos. Se acerta, perdemos de novo
Enviado por alexandre em 01/08/2013 18:59:40

  • O recuo do governo na proposta de acrescentar dois anos de serviços prestados ao currículo dos novos médicos é apenas mais uma comprovação de que o governo Dilma Roussef trabalha agora com o sistema de tentativa e erro, ou no popular “chutômetro”. É apavorante constatar que a presidAnta, que agora aposta suas chances de reabilitação no aloprado Mercadante, desconsidera o óbvio e parte para a experimentação. Cada decisão governamental passa a vir, então, acompanhada do risco de uma reviravolta, de um “não era exatamente aquilo” ou da banalização do recuo e dissimulação do erro.
     
    Quem pode se atrever a planejar, mesmo para o dia seguinte, em um País assim administrado? Dizem que Lula, dia desses, confidenciou a vários interlocutores que a saída para o PT é intensificar a campanha pela recuperação da imagem da presidAnta. Mas há um ponto limite: se os índices continuarem caindo até abaixo de 30%, configura-se a impossibilidade de recuperação e a candidatura à reeleição teria de ser abortada, com a entrada em cena do próprio Lula.
     
    Por último: se, na pior das hipóteses, as manifestações incorporassem definitivamente o “Fora PT”, o que parece mais provável, já que o governo não consegue reagir, a economia naufraga, a inflação sobe junto com os preços e o desemprego volta a aparecer, então a solução seria apoiar Eduardo Campos já no primeiro turno, para garantir algum espaço no governo. Acontece que se Lula já pensa assim é porque a nau já foi a pique e Campos pode ser agora mesmo a tábua de salvação. Só que, como disse Mané Garrincha, falta combinar com os russos. Será que Eduardo Campos iria aceitar esse verdadeiro abraço de afogado?
     
    O leitor menos atento pode perguntar: o que é que eu tenho com isso? Tem sim. Tudo. Se o governo fracassa, nós perdemos. Se acerta, perdemos de novo, pois corremos o risco de ficar mais quatro anos nesse sofrimento. Se os ministros estão se engalfinhando no Planalto, pode ter você a certeza de que isso nos atinge. Um exemplo: com esse desgoverno, ninguém toma ao menos conhecimento da greve do DNIT, cujos servidores reivindicam equiparação salarial com a ANTT, reestruturação da carreira e concurso público. Desde maio o governo não dá a menor bola. Enquanto isso, sem fiscalização, o asfalto novo da BR-364, de baixíssima qualidade, começa a formar as perigosíssimas trilhas, logo depois do Candeias. Será preciso refazer tudo. Mas, com a greve, quem poderá exigir isso da empreiteira?
     
    Do Facebook – Comentei dia desses que a mentira é feia, tem pernas curtas e dentes salientes. Dilma Roussef mandou mensagem ao Atlético Mineiro dizendo-se torcedora e lembrando que quando criança ia ao Mineirão levada pelo pai para ver os jogos do galo. Ela nasceu em 1947 e tinha 17 anos, quase 18, quando o Mineirão foi inaugurado, em setembro de 1965. O único jogo que lhe interessava era o de bombas terroristas.
     
    Canuto de Paula comentou: Se para os atleticanos ela conta essa, é possível até mesmo que diga aos beneficiários do Bolsa Família que paga os benefícios com o dinheiro do próprio salário...
     
    Pois bem: o excelentíssimo senhor ministro da Saúde, Alexandre Padilha, parece bastante afinado com o comportamento de Dilma. Todos se lembram do falso doutorado que ela tentou emplacar e depois desconversou. Agora o ministro diz, em entrevista a Jô Soares que é Especialista em Infectologia. Mas o título não consta nos registros das entidades responsáveis e ele acabou convocado pelo Conselho Regional de Medicina do Pará para responder a processo ético. O ministro apresentou então um diploma da USP altamente suspeito, pois parece ter sido “fabricado” agora. Alguns detalhes:
    1 - O diploma, datado de 2001, afirma que o ministro teria realizado a residência em três anos, de 01 de fevereiro de 1998 a 31 de janeiro de 2001. Ocorre que naquela época a especialização durava apenas dois anos, o que só veio a mudar em 2004.

    2 - Em 1998 a residência em infectologia começava em janeiro e não em fevereiro. Isso também só mudou em 2004.

    3 - O diploma apresentado é assinado pelos ATUAIS coordenadores da residência e não pelos coordenadores de 2001.

    4 - O diploma jamais foi registrado na CNRM (Comissão Nacional de Residência Médica), nem na AMB (Associação Médica Brasileira) e nem no CRM-PA (Conselho Regional de Medicina do Pará) onde está inscrito atualmente.
     
    Tem tudo, portanto, para ser falso.
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  • Postado por: Carlos Henrique

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