Justiça : Pós-eleições
Enviado por alexandre em 07/10/2010 10:23:39



Inquérito da Polícia Federal poderá barrar diplomação de deputado estadual eleito por abuso de poder econômico

Uma análise sobre pós-eleições

Uma contradição em termos? Na verdade, sim. Mas como, neste país, em se implantando tudo dá, podemos chegar à conclusão que somos a maior república anarquista do mundo, (aliás, a única), se tomarmos como princípio a interpretação, muitas vezes folclorizada, de que os anarquistas têm como meta basicamente quebrar as leis vigentes. Nossos governantes e nosso povo fazem isso com exímia competência, anulando, sempre que lhes interessa, a força do Estado via leis. E tudo isso com o aval da Justiça.
Por exemplo, tínhamos uma Lei da Ficha Limpa, cuja criação mobilizou milhões de pessoas crédulas pela internet, em abaixo assinado, mas que se mostrou basicamente inócua. Temos leis eleitorais, todas sob a regência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que foram acintosamente desafiadas nesta campanha.
Corta para a região de Ouro Preto do Oeste, onde a lei eleitoral que proíbe a colocação de cartazes, banners, propaganda sonora, veículos adesivados, funcionários públicos participando de carreata em pleno horário de trabalho, outros trabalhando para candidatos e recebendo do erário público e muitas outras irregularidades, virou uma piada na campanha que findou na semana passada e que se a Justiça eleitoral não tomar as rédeas no segundo turno a coisa vai ficar pior, ou seja, um atentado a democracia que tanto lutamos para implantá-la.
A boca de urna, proibidíssima, correu solta, embora com algumas detenções que nada representam diante da multidão fazendo campanha explícita para os candidatos, inclusive um funcionário público municipal que deveria dá exemplo foi flagrado pela Polícia Civil em frente a Câmara municipal (sic) cometendo um ato ilícito, isso sem falar nos vereadores do município do Urupá que foram ouvidos pela Polícia Federal por suspeita de compra de votos, o caso virou um inquérito policial e dependendo da situação a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) poderá impedir o candidato citado nos autos de ser diplomado ou de ter o seu mandato cassado por abuso de poder econômico em síntese uma lambança que estes vereadores cometeram que deveria aprender não é porque a Justiça tem um venda nos olhos que não vai enxergar as coisas ilícitas que foram cometidas em nome do poder.

E por falar em Leis...

Por que não sermos sinceros como fomos, aqui na Rondônia e em alguns outros estados, em relação à lei seca no dia da eleição? Pois é: todo mundo tomava todas, mesmo, então decidiu-se por suspender a proibição da venda de bebidas alcoólicas, o que animou a festa democrática e não causou nenhum transtorno etílico. Façamos o mesmo com as outras leis de fantasia, senhores da corte!

De salto alto

A propósito da eleição, há muito nego comemorando antecipadamente o resultado da campanha majoritária ao Governo do Estado, como se a coisa já estivesse definitivamente resolvida. É bom baixar a bola, ir devagar com o andor que o santo é de barro, até porque nada está decidido. Ao contrário, a campanha está zerada. Há muita água para passar debaixo da ponte. E não entendi o porquê o comitê de campanha do candidato a governador do estado João Cahulla (PPS), em Ouro Preto do Oeste, fez festa durante o dia todo na última segunda-feira (4) regada a muita cerveja, churrasco e musicas de péssimo gosto, será que a coordenação geral sabe dessa festança? Os oponentes não são “meninos”, sabem o que estão fazendo e estão atentos ao tabuleiro do xadrez. Na condição de bons estrategistas, tanto Confúcio Moura (PMDB) quanto João Cahulla (PPS) poderão surpreender. Quem errar menos será o governador de Rondônia pelos próximos quatro anos. O mais é coisa de “marqueteiro” de ponta de rua, de quem não tem o que fazer e fica o dia todo falando merda pensando que os nossos ouvidos são pinicos para absolvê-los.


Começou a fritura


O poder atrai todo tipo de gente. E de insetos. Quem está fora quer entrar de todo jeito. Quem está dentro não quer sair de jeito nenhum. E nesse vai e vem, acontece de tudo um pouco, ou um pouco de tudo. Principalmente o processo de fritura, onde vale tudo. Do pescoço para baixo é canela. Há muita gente se movimentando para puxar o tapete de alguns ocupantes de cargos públicos. Isso é de causar nojo e náusea. Que coisa feia!

Vai repetir o marasmo


Algumas caras novas na Assembléia Legislativa. Certamente virá, no dia da posse, novo discurso sobre “trabalhar em prol da sociedade e dos mais necessitados”, blá, blá, blá. Tem sido assim nas últimas décadas, pelo menos aquelas em que minha já não tenra idade me possibilitou acompanhar. Mas tudo acaba na pizza sabor “homenagem”, cuja receita é massa, queijo, molho de “tomar-te” e muitas honrarias, títulos de cidadão e medalhas espalhados sobre essa mistura, colocada em forno brando.

Autor: Alexandre Araujo

Fonte: ouropretoonline.com

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