Embora a Polícia Civil de Rondônia tente desqualificar, através do Departamento de Comunicação, o depoimento de Fernando Braga Serrão, o “Fernando da Gata”, que acusou o governador Confúcio Moura de envolvimento com a quadrilha que caiu com a Operação Apocalipse, outro suspeito de atuar como liderança, Alberto Ferreira Siqueira, o “Beto Baba”, deu novos detalhes, testemunhas e se comprometeu a fazer novas revelações ao Ministério Público.

No depoimento de mais de cinco horas ao delegado Thiago Araújo Laiola, ele confirmou que “Fernando da Gata” (envolvido com o narcotráfico) é o real investidor em campanhas eleitorais, tendo “emprestado” dinheiro para a deputada Ana Lúcia Dermani de Aguiar. “Beto Baba” afirmou que teve conhecimento que os investimentos de “Fernando da Gata” foram realizados até mesmo na campanha do atual governador Confúcio Moura, de forma não declarada. “Tem conhecimento que' "FERNANDO DA GATA" fez uma doação, não declarada, de duas ou três caminhonetes, mais uns doze veículos menores, sendo que todos esses veículos foram locados e entregues a "ASSIS" que é cunhado do Governador CONFÚCIO MOURA; QUE, em relação a doação desses veículos, o Interrogando afirma que ASSIS estava acompanhado de uma pessoa conhecida como "VAGNER BOCÃO", "ALAN FRANÇA", o pai de "ALAN FRANÇA", e todos presenciaram a entrega desses veículos; Que essa doação foi feita ao COMITÊ FINANCEIRO da campanha de 2010, sendo tudo isso para o 2° turno da eleição; QUE, o Interrogando afirma que ASSIS, além dos veículos, também teria dito que para que FERNANDO conseguisse o contrato de marmitex do Estado, teria que dar R$ 700.000,00 (setecentos mil reais); Que não sabe informar se FERNANDO pagou ou não essa importância de R$ 700.000,00; Que não sabe informar se FERNANDO recebeu alguma contraprestação dos veículos por ele locados em favor do financeiro da campanha de 2010”, declarou.

Francisco de Assis Oliveira sempre é citado em escândalos envolvendo corrupção em Rondônia. Horas antes do depoimento de “Beto Baba”, “Fernando da Gata” declarou que Confúcio era o líder da quadrilha, frase desqualificada pela assessoria do governador com a declaração de que “a resposta do preso foi para fugir do assédio da imprensa.”.