Isonomia ameaçada
Esse negócio de isonomia, para o Senado, é uma bobagem. Não é à toa que a Casa dá um tratamento bem particular às demandas que chegam pela Lei de Acesso à Informação. Jornalista é uma coisa, cidadãos comuns, outra.
Quando o pedido de informação é encaminhado por representantes de veículos de imprensa, a resposta precisa passar pela assessoria de comunicação e, parte delas, pelo presidente da Casa, antes de ser enviada ao autor da solicitação.
As respostas a outros pedidos, enviados por qualquer cidadão pela mesma lei, não fazem esse pit-stop no departamento de comunicação. Qual o motivo da diferença de procedimento, se – ao menos em tese – a Casa é obrigada a fornecer as informações sem subterfúgios?
Não é difícil de imaginar que a prática é adotada por outros órgãos públicos, mas o fato é: a estratégia abre brecha para interpretação de que a transparência até existe, pero no mucho.