A tentativa de transformar homossexuais em héteros usando métodos "científicos" já tem mais de 150 anos. A medicina, segundo os pesquisadores James Naylor Green e Ronaldo Polito, já tentou de tudo para "curá-los". "Confinamento, choques elétricos, medicação pesada, tratamento psicológico ou psiquiátrico, psicanálise individual, de grupo e familiar, camisa de força, transplante de testículos, eis aí algumas das "técnicas" de intervenção no corpo e na mente dos homens que preferem se relacionar afetiva e sexualmente com outros homens", contam em "Frescos Trópicos". Pode-se dizer que a medicina, nos últimos 150 anos, já tentou ou propôs de tudo para a "cura" dos homossexuais. Confinamento, choques elétricos, medicação pesada, tratamento psicológico ou psiquiátrico, psicanálise individual, de grupo e familiar, camisa de força, transplante de testículos, eis aí algumas das "técnicas" de intervenção no corpo e na mente dos homens que preferem se relacionar afetiva e sexualmente com outros homens. Entre inúmeros exemplos do passado, citemos Pires de Almeira, em "Homossexualismo", de 1906, que propõe um tratamento específico para os invertidos. Mas, primeiro, vamos entender o que ele chama de "invertido": "é aquele que, de nascença, é já invertivo, e que, em toda a associação sexual, representa o papel de macho: é, pois, um macho mais macho, se se trata de um homem". "Invertidos", portanto, nascem homossexuais, diferentemente dos "pervertidos" que, segundo o autor, "depois de terem sido já sexuais normais, se tornaram invertidos por qualquer motivo". Para Pires de Almeida, o tratamento dos "pervertidos" é somente um pouco mais simples do que dos "invertidos". Para estes ele recomenda, entre outros procedimentos. |