Arcebispo de PVH fala sobre a união homoafetiva e a PEC 37

O arcebispo de Porto Velho e santantoniense Dom Esmeraldo Farias esteve neste final de semana em Santo Antônio de Jesus, celebrando missas na Igreja do São Benedito e na localidade do Benfica. Assim, a Rádio RBR o entrevistou e o mesmo comentou de sua atuação no estado de Rondônia, onde está por um ano e dois meses. O entrevistado diz que Deus o colocou lá com todos os desafios, mas também com toda a beleza do trabalho de evangelização, “ajudar as pessoas a se firmarem no conhecimento de Jesus Cristo e na vivência da fé para que, iluminados pelo Evangelho, todos possam ajudar a construir uma sociedade que seja justa e solidária”, disse.

Sobre o novo Papa Francisco, o arcebispo ressaltou que o mundo inteiro está encantado com o papa. Um homem que veio da América do Sul e, assim, com seu gesto de simplicidade e de se curvar diante do povo pedindo as suas orações e com esse desejo de fazer com que a igreja seja cada vez mais um espaço que possa viver de um jeito muito simples, “não esquecendo nunca que Jesus foi pobre e ele se identifica com pobres”.

Outro assunto debatido foi em relação à adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo e, diante disso, Dom Esmeraldo relatou que a igreja é muito clara sobre isso. Ela define a família como a que esta na Bíblia, a união do homem e da mulher, “Deus criou o homem e a mulher para que pudessem, na união dos dois, ter filhos. É claro que respeitamos a decisão da justiça, mas vamos continuar dizendo que família, no seu pleno sentido da palavra, significando a união do homem e da mulher”, opinou. O arcebispo ainda argumentou que, na linha psicológica, a criança precisa da presença do pai e da mãe para que possa se desenvolver e na sua personalidade encontrar o equilíbrio necessário. Assim, Dom Esmeraldo defende que a adoção deverá ser feita sempre por um casal entre homem e mulher estáveis.

A PEC 37, proposta de emenda à Constituição que veda o Ministério Público de realizar investigações criminais, também foi um assunto discutido por Dom Esmeraldo, afirmando ele que o estado de Rondônia está sofrendo muito com a corrupção. Diante disso, diz estar sendo favorável e ajudando as comunidades a compreenderem a importância de assinarem o baixo-assinado contra a PEC, “ora, se mesmo o MP fazendo a investigação que lhe compete, já tem a dificuldade de combater a corrupção, imagine se retirarem o poder que lhe é atribuído?”, questionou finalizando a sua entrevista.

Redação Voz da Bahia - Samile Damasceno