Política : EDUCAÇÃO
Enviado por alexandre em 24/04/2013 21:33:48


Professores de Ouro Preto aderem à greve nacional da Educação
Professores das redes: estadual e municipal de Ouro Preto do Oeste ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Rondônia (Sintero) e ao Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais de Ouro Preto do Oeste - STPMOP aderiram à Greve Nacional da Educação Pública convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). A paralisação começou na terça-feira (23) e segue até esta quinta-feira (25).

Os professores reivindicam, entre outras coisas, a implementação da aula-atividade, revisão do cálculo de valor do piso para 20,16%, aumento do piso salarial, melhores condições de trabalho e de estudo, além de 10% do PIB para a educação imediatamente. A categoria reivindica ainda o cumprimento da Lei do Piso, sancionada há quase cinco anos e que ainda não é cumprida por boa parte dos Estados e municípios. No país pelo menos 10 Estados pagam abaixo de 1.567,00 para um docente com jornada de 40 horas semanais.

Os professores de Ouro Preto do Oeste, abraçaram a causa e saíram em passeata com um número expressivo de educadores que portanto faixas e cartazes denúncia o descaso dos governantes com a Educação. O ponto negativo na paralisação é o fato de professores não ter participado da passeata, preferindo ficar na “moita”, sendo classificados pela categoria como “pelegos”.

Conforme a CNTE, dos 26 estados do país, apenas Amapá, Amazonas, Rio de Janeiro e Roraima não aderiram formalmente à paralisação. A principal reivindicação dos professores é o cumprimento da Lei do Piso Nacional dos Professores da Rede Pública. Pela norma vigente, o piso do magistério da educação básica é de 1.567 reais para 40 horas semanais de trabalho, sendo que um terço desta carga horária deve ser destinado à preparação de aulas e formação continuada do professor.


De acordo com levantamento feito pela CNTE em março, apenas o Distrito Federal e quatro estados (Acre, Ceará, Pernambuco e Tocantins) cumprem integralmente a lei. Paraíba tem uma jornada de 30 horas semanais e paga a proporcionalidade do valor. Os demais estados, alega a CNTE, ou não cumprem o vencimento - complementando o salário com gratificações e bônus - ou não respeitam a jornada de trabalho.


O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) rebate a informação e diz que todos os estados pagam o valor do piso salarial, mesmo que com bonificações. Conforme a assessoria do conselho, há um esforço para que a lei seja cumprida em forma de vencimento e com a adequação da jornada de trabalho o mais rápido possível.

Os docentes pedem ainda a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece políticas educacionais para os próximos dez anos; a destinação de 100% dos royalties do pré-sal para o setor; e a definição de diretrizes nacionais de carreira para os profissionais da educação básica.

A paralisação de três dias faz parte da 14.ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública de Qualidade, promovida pela CNTE. A semana ocorre anualmente. "Queremos uma educação melhor e a valorização dos profissionais. A carreira de docente não é atrativa à juventude, os professores trabalham muito e não tem uma jornada respeitada para poderem viver com razoável dignidade", afirma o presidente da CNTE, Roberto Leão. "Para termos uma escola pública de qualidade, precisamos valorizar esses profissionais."



Fonte: ouropretoonline.com/ASCOM da CNTE

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