O presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Hermínio Coelho (PSD) recebeu na tarde desta terça-feira (23) o comandante geral da Polícia Militar, o coronel Paulo Cézar de Figueiredo, o corregedor geral do Corpo de Bombeiros coronel Aires, o diretor geral da Polícia Cívil, delegado Pedro Mancebo e o coronel da PM Prettz. O encontro se deu após o deputado apresentar Proposta de Emenda Constitucional (PEC) subscrita por 11 outros parlamentares instituindo eleição para diretor geral de Polícia Civil, comandante da Polícia Militar e comandante do Corpo de Bombeiros.

Segundo os representantes das forças a medida deveria ser debatida e discutida com todas as categorias que representam as polícias e do Corpo de Bombeiro. “Já ouve uma discussão dessas, recentemente em Brasília e o entendimento de todos foi que é inconstitucional, por isso a PEC não pode seguir em frente deputado”, disse o coronel Figueiredo.

Para o delegado Mancebo somente a eleição para o cargo de diretor não soluciona o problema. “Temos que ter estrutura, investimento pesado para que possamos fazer o nosso trabalho. Só a eleição não resolve, temos que criar a autonomia das polícias, isso se faz necessário. Por isso devemos aproveitar este momento para refletirmos todas as mudanças que devem ser realizadas em nossa constituição que disciplina as polícias”, reforça o delegado.

Durante a discussão o coronel Prettz encaminhou uma sugestão. “Deputado vamos fazer com que a categoria debata de fato o estatuto e assim apresente uma proposta de estatuto finalizado, para ser votado. Para que a Polícia Militar ouça sua categoria, assim como o corpo de bombeiros e a polícia civil e depois de tudo pronto encaminhe ao deputado para apresentar como projeto de Lei. Um projeto feito pelos servidores das polícias e do corpo de bombeiros”, finalizou.

O deputado Hermínio Coelho, ouviu atentamente todas as ponderações e resolveu segurar o andamento da PEC até que seja o mais rápido possível apresentado um novo estatuto. “Eu jamais vou fazer algo que prejudique o servidor ou o trabalhador. Eu defendo que se deva fazer eleição dentro da estrutura das polícias, mas lógico com critérios, para que o comando não seja jamais refém do poder executivo. Para que possam sem temer perder o cargo, fazerem as coisas corretas e certas, principalmente contra os políticos bandidos”, reforça.

Com isso o deputado informou às polícias que terão um tempo breve para discutir. “Vou segurar a PEC, mas cobro agilidade na apresentação da proposta o mais rápido possível. Eu defendo uma polícia forte por isso ouçam as categorias e me tragam o projeto, que colocamos o mais rápido possível em votação”, finalizou.