Desabafo

O advogado e juiz eleitoral Juacy Santos Loura Júnior escreveu um longo texto em seu perfil no Facebook para reclamar do atendimento prestado no hospital da Unimed, que segundo ele estaria “distribuindo senhas” para atendimento, o que cá entre nós é a coisa mais estapafúrdia que poderia ocorrer em um hospital particular, administrado por uma cooperativa de médicos e que cobram uma verdadeira fortuna mensalmente de seus associados. Lamento informar que a culpa disso estar acontecendo é sua e de milhares de outros “segurados” pelos planos de saúde.

Explico

O Brasil possui um dos mais paternalistas sistemas de saúde do mundo. Você pode fazer qualquer tratamento pago pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem desembolsar um centavo sequer, e dependendo de sua condição financeira ainda recebe uma ajuda de custo para permanência em cidades fora de seu domicílio. Mas para o brasileiro, de uma forma geral, “o SUS é uma porcaria”. Não é. Não sei o que seria de nós, pobres mortais que não podemos desembolsar altas quantias mensais (dependendo da idade chega a mais de R$ 1 mil/mês), não fosse o SUS e a rede pública. Certamente grande parte dos brasileiros morreria à míngua. Porém, ao invés de ir fiscalizar e cobrar melhorias, a camada da população que pode, prefere pagar uma mensalidade extorsiva às seguradoras e planos à tomar providências contra os governantes e administradores.

Internação

Um dos maiores problemas da rede pública é a internação. Os hospitais públicos, com exceções é claro, em sua maioria não dispõe de acomodações individuais, os móveis são velhos e é preciso dividir espaço com pessoas de origem humilde. E isso, para alguns é “a visão do inferno” e por isso preferem se submeter a humilhações em hospitais meia-boca, ficando muitas vezes esperando bem mais do que esperaria em um hospital da rede pública. O serviço médico em Porto Velho é precário, seja na rede privada ou pública. O que acontece por essas bandas é uma verdadeira extorsão. E quer saber mais? Os médicos que atendem nessas unidades particulares são os mesmos que atendem no setor público.

Falta compromisso

A bem da verdade os médicos deveriam fazer uma escolha, ou atendem no setor público ou no setor privado. Médico por essas bandas é artigo raro e o governo deveria incentivar políticas de graduação desses profissionais. Ao invés do governo de Rondônia ficar dando “Bolsa-Futuro” deveria pegar esses recursos e aplicar em bolsas de estudo para quem quer atuar na áera, com o compromisso do futuro médico de servir pelo menos 6 anos ao estado, atuando apenas no setor público.

Voltando

A questão dos planos de saúde, quem mora em Rondônia não paga por médicos, paga por internações. Não é incomum presenciarmos filas imensas, falta de médicos, principalmente pediatras, cardiologistas, anestesistas e oftalmologistas e agendamentos de pelo menos 30 dias, isso em hospitais da rede privada. Essa espera na rede pública, por incrível que pareça, é menor. O problema é o desconforto, instalações inadequadas e a difiduldade de acesso aos pacientes, que normalmente só é permitido em alguns horários.

Falando em médicos

Quem paga por consultas anda assustado com o valor que vem sendo cobrado nos atendimentos particulares. Os médicos estão dando preferência para quem paga, dispensando os convênios ou deixando-os em longas filas de espera. Os preços variam de R$ 200 R$ 300, com pagamentos à vista e no dinheiro. Isso, claro, sem a nota fiscal.

Reação

No próximo dia 23, a partir das 8 horas, acontece uma caminhada “Todos contra a Violência”. A concentração é na praça das Caixas D´água. Os manifestantes vão protestar contra a inércia da polícia em diversos casos que estão em aberto e a impunidade em outros. Incluindo o caso de Naiara Carine, morta à facadas após ser violentada e Raíssa, que foi assassinada a sangue frio pelo ex-namorado. Ela tinha 15 anos e ele 21.

Tá de sacanagem

A prefeitura de Porto Velho resolveu inovar. Após serem flagrados jogando asfalto em poças cheias de água, eles decidiram que usar barro é a melhor solução. Isso mesmo, barro. No cruzamento das avenidas Tenreiro Aranha com Alexandre Guimarães a prefeitura despejou barro para tapar uma vala. Na Paulo Leal, entre Tenreiro Aranha e Marechal Deodoro, em frente a antiga SEDES a prefeiura fez o mesmo.

Agora, vem cá

Alguém poderia me explicar que raios de tecnologia é essa? Onde já se viu jogar barro sobre o asfalto para tapar buracos? Realmente tem alguma coisa muito, mas muito errada mesmo nessa gestão de Mauro Nazif. Tá começando errado prefeito. Ainda dá tempo de corrigir esse tipo de lambança. Como diria Tancredo Neves “nunca contrate alguém que você não possa demitir”.

Falando em Nazif

Ele vem dando um baile no pessoal da Associação Rondoniense dos Municípios – AROM. O prefeito se recusa a receber o presidente da entidade, Vitorino Cheque. O motivo é que Mauro não quer pagar a contribuição à entidade. A prefeitura de Porto Velho era uma das maiores colaborações da AROM, cerca de R$ 8 mil. E a AROM é reconhecidamente uma das associações mais ativas do pais, prestando os mais diversos aos associados.

Candidato único

O Promotor de Justiça Héverton Alves de Aguiar foi reeleito nesta sexta-feira, dia 15 de março, para o cargo de Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público de Rondônia para o biênio 2013-2015. A eleição para PGJ foi realizada por Sistema de Votação Eletrônica (SIVE), desenvolvido pela Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) com apoio da Corregedoria-Geral. A votação, feita por meio da Intranet ou Internet, encerrou-se às 17h30 desta sexta-feira e puderam votar todos os membros ativos e vitalícios. O Procurador-Geral de Justiça reeleito será empossado em maio pelo Colégio de Procuradores de Justiça. Candidato único ao cargo, em sua primeira gestão como Procurador-Geral de Justiça, Héverton Alves de Aguiar promoveu significativos investimentos na estruturação do Ministério Público de Rondônia, dando à Instituição mais modernidade e agilidade para cumprimento de suas funções constitucionais.

Em Ji-Paraná

O Partido dos Trabalhadores transferiu a reunião da executiva que aconteceria em Jaru para Ji-Paraná. Roberto Sobrinho anda se articulando para não ser investigado pela comissão de ética do partido, junto com sua ex-chefe de gabinete Mirian Saldaña. Claudio Carvalho não quer votar abertamente pelo arquivamento do pedido, assim como a prefeita de Jaru, Professora Sônia. Caso Roberto consiga escapar dessa, ele vai comprovar que de fato tem força dentro do PT. Mas os militantes das legenda descobriram que isso não é dificil de acontecer, já que o ex-prefeito de Porto Velho teria colaborado com diversas campanhas pelo interior. Vamos aguardar o resultado da reunião, que será fechada ao público.

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Após cura de bebê com vírus da Aids, estudo anuncia êxito em 14 adultos

Duas semanas após a divulgação de que um bebê foi “curado” do HIV, um estudo realizado na França revela que 14 adultos infectados pelo vírus parecem estar “funcionalmente curados”, ou seja, ainda carregam pequenos reservatórios do vírus, mas não apresentam sintomas, apesar da interrupção do tratamento, segundo artigo publicado na “NewScientist”. Os pesquisadores acreditam que a chave para alcançar este resultado notável pode ser o início mais cedo possível do tratamento após a infecção. A equipe começou a monitorar os 14 adultos quando eles recebiam medicamentos antirretrovirais, dentro de 10 semanas após a infecção pelo HIV. Os pacientes interromperam o tratamento, em média, cerca de três anos mais tarde (as drogas foram retirados sob supervisão médica). Os 14 adultos ainda têm os seus traços de HIV no sangue, mas em níveis tão baixos que o seu corpo pode mantê-lo sob controle, naturalmente, sem drogas. Uma das razões para o HIV ser tão difícil de lidar é que depois de uma infecção aguda, o vírus estabelece reservatórios em células hospedeiras que permitem esconder e voltar. Mesmo após anos de tratamento, uma vez que as drogas são retiradas, a maioria dos pacientes tem retorno da infecção. No entanto, há uma pequena minoria de doentes infectados com HIV (menos de 1%), nos quais o vírus praticamente desaparece, sem a ajuda de tratamento. Conhecidos como “controladores de HIV”, estes pacientes espontaneamente reduzem consideravelmente sua carga viral e mantém o controle do vírus a longo prazo, para níveis praticamente indetectáveis. Na semana passada, foi anunciado que um bebê havia sido “funcionalmente curado” do HIV após ter sido tratada com medicamentos antirretrovirais cerca de 30 horas após seu nascimento, algo que normalmente não é feito. O pesquisador Asier Sáez-Cirión, do Instituto Pasteur, na França, adverte que o tratamento rápido não funciona para todos, mas o novo estudo reforça a conclusão de que a intervenção precoce é importante.