Regionais : Às vésperas da escolha do novo papa, os escândalos na igreja se acumulam
Enviado por alexandre em 03/03/2013 13:22:40

Às 16 horas da quinta-feira 28 badalaram em uníssono os sinos de todas as basílicas romanas, sinal da partida de Joseph Ratzinger do Vaticano a Castel Gandolfo, residência papal de veraneio. Ratzinger cumprimentou alguns colaboradores e fez seu último pronunciamento para conterrâneos visivelmente emocionados. Caminhando apoiado em sua bengala rumo a um helicóptero que o levaria para o castelo 25 quilômetros ao sul do Vaticano, o primeiro papa a renunciar depois de seis séculos parecia, de fato, justificar as palavras pronunciadas no dia anterior para a costumeira multidão apinhada na Praça São Pedro. Voltou a reiterar o motivo de sua abdicação: “Minhas forças diminuíram”.

A despedida do pontífice dos fiéis, de Papamóvel na Praça São Pedro apinhada, e dos cardeais in camera caritatis. E haja caridade…

Na quarta 27, fiéis do mundo inteiro presenciaram em massa a última audiência geral do ainda papa Bento XVI. Bandeiras, como de costume em momentos históricos, tremulavam, inclusive brasileiras. Quem estava na Praça São Pedro não podia deixar de se sentir como peregrino, tal se deu como em abril de 2005, quando enfrentei uma fila de dez horas para lançar um repetido olhar para o féretro de João Paulo II. A diferença é que hoje o papa ainda estava em vida. Durante a celebração, uma saudação foi repetida em diversos idiomas, inclusive em português: “Damos graças a Deus orando continuamente”. Na quinta-feira, antes de deixar seus aposentos no Vaticano, o papa fiel aos tempos tuitou: “Coloquem Cristo no centro de vossas vidas”.

Como não poderia deixar de ser, deslumbra o cenário da Cidade Eterna com seus sinos a badalar, enquanto cidadãos percorriam o dia histórico. Para outros, até fiéis, pairava no ar a dúvida: por que o papa renunciou? Sim, ele estava “diminuído”, mas seu antecessor polonês, Karol Wojtyla, João Paulo II, não chegou ao seu último dia de vida debilitado pelo mal de Parkinson no Vaticano, faz quase oito anos? O que realmente levou o papa Bento XVI a renunciar?

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