Mais uma vez o ministro Carlos Ayres de Brito lustra o Supremo Tribunal Federal e, em liminar, recusa recurso de Joaquim Roriz, que já exerceu por quatro mandatos o governo do Distrito Federal. Supostamente, Roriz, já condenado a devolver ao erário público R$ 7,1 milhões, é um dos mais notáveis fichas suja do país, ao lado do paraense Jáder Brarbalho, já afastado da disputa eleitoral pela Justiça. Em compensação, outros permanecem em campanha, embora estejam, virtualmente, na mesma situação, Roriz esperneou, esbravejou mas fica por aí mesmo. Ayres de Brito está ajudando a mudar a imagem da Suprema Corte brasileira, que atravessou um período de embaçamento com o ministro Gilmar Mendes, que falava mais do que deveria na condição de presidente do STF. Questão de estilo. Joaquim Roriz ainda terá condições de recorrer ao pleno do Supremo, mas o que parece mais provável é que ele esteja dando adeus à política. E já já vai tarde, mais do que tarde. É responsável por fatiar as terras públicas do DF distribuindo lotes e outras ações que deveriam ficar distante de um homem público.