O ano de 2013, pelo visto, não deverá ser de calmaria entre o Governo e a Assembléia, embora na abertura dos trabalhos Legislativos tenha se dado ênfase à harmonia e ao trabalho em conjunto.

É que sem a liberação de emendas parlamentares, em ano que antecede as eleições, deputados estaduais estão preocupados com o desgaste que isso pode causar. Até mesmo os deputados governistas já não escondem de ninguém o descontentamento com a indiferença do Governo com as emendas.
Na sessão ordinária desta terça-feira (19), o deputado estadual Adelino Follador (DEM), um forte defensor da gestão de Confúcio Moura (PMDB), lamentou em discurso que menos de R$ 400 mil em emendas de sua autoria foram liberados. “Assim, fica difícil de se trabalhar”, reconheceu.
O deputado Luizinho Goebel (PV) apresentou um plano mirabolante, querendo que as ações pontuais do Governo, em áreas como saúde, educação, estradas e agricultura, sejam executadas através de emendas parlamentares, prestigiando os deputados.
Goebel, inclusive, sabe que precisa mostrar serviço pois a sua aventura como candidato a prefeito de Vilhena foi um fiasco e o seu mandato corre o risco de chegar ao final, sem as bênçãos da reeleição.
Na verdade, as emendas ao Orçamento garantem que os deputados indiquem, de forma fracionada, onde o Governo deveria investir uma fatia do orçamento estadual. Com isso, indicando esses recursos, os parlamentares atendem suas bases e se mantém em alta com seu eleitorado.
Quem também reclamou da não-liberação das emendas foi o deputado José Lebrão (PTN), que acusou o Governo de não cumprir com a sua parte nos acordos que faz com a Casa.