Justiça em Foco : Justiça condena Bandeirantes por declaração de Datena sobre ateus
Enviado por alexandre em 01/02/2013 02:49:56

Justiça condena Bandeirantes por declaração de Datena sobre ateus
A Bandeirantes foi condenada pela Justiça Federal por desrespeito à liberdade de crenças no Brasil, após o apresentador José Luiz Datena relacionar, no programa Brasil Urgente, crimes hediondos a pessoas que não acreditam em Deus. A emissora terá que veicular no programa, em rede nacional, um quadro em que seja dada a população explicações sobre diversidade religiosa e a liberdade de consciência e de crença no país. O caso aconteceu em julho de 2010. Durante reportagem que falava sobre o fuzilamento de um garoto Datena fez comentários negativos sobre ateus. “Um sujeito que é ateu não tem limites. É por isso que a gente vê esses crimes aí”, afirmou. Durante 50 minutos, o apresentador e o repórter Márcio Campos creditaram crimes bárbaros a pessoas que não acreditam em Deus. “Esse é o garoto que foi fuzilado. Então, Márcio Campos, é inadmissível; você também que é muito católico, não é possível, isso é ausência de Deus, porque nada justifica um crime como esse, não Márcio?”, disse Datena. A exibição do quadro deverá durar o mesmo tempo que as informações sobre o ateísmo ficaram no ar. Caso não obedeça a determinação a Bandeirantes pagará R$ 10 mil diários. A Secretaria de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações também foi condenada a fiscalizar adequadamente o programa de Datena e a exibição dos esclarecimentos. A ação civil pública foi movida pelo Ministério Público Federal (MPF). De acordo com o órgão, a emissora “ignorou a função social do serviço público de telecomunicações, bem como sua finalidade educativa” ao exibir as falas do apresentador, que também atribuía os males do mundo aos descrentes. “É por isso que o mundo está essa porcaria. Guerra, peste, fome e tudo mais, entendeu? São os caras do mau. O sujeito que não respeita os limites de Deus, é porque, não sei, não respeita limite nenhum.” Ainda de acordo com o MPF, o apresentador incitou a intolerância e a violência contra os ateus. Com informações da Carta Capital.

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