Política : RALO ABAIXO
Enviado por alexandre em 26/01/2013 12:32:31


Prefeita de Jaru terá segurança paga com o dinheiro do povo

A nova legislatura da Câmara de Vereadores do Município de Jaru, iniciou seus trabalhos aprovando em caráter de urgência, três projetos de lei de autoria do Executivo Municipal, sendo dois destes bastante polêmicos.

A sessão extraordinária convocada de ultima hora, aconteceu na tarde desta sexta feira (25) na sede do poder legislativo municipal, e aprovou em duas sessões subsequentemente a criação de uma  Assessoria Militar, a fim de oferecer segurança pessoal a prefeita Sonia Cordeiro, a nomeação de mais 465 servidores, bem como reajuste salarial a outros servidores, a criação de mais uma secretaria no município, e o parcelamento das dividas do município contraídas junto a Eletrobrás e Caerd.

O primeiro polêmico projeto de lei apresentado aos vereadores para discussão e votação foi o de nº 1830/2013 que cria a assessoria Militar no município de Jaru, onde nele consta a contratação de dois Policiais Militares para o assessoramento e segurança institucional vinculada e subordinada diretamente ao gabinete da prefeita. Com apenas quatro votos contrários dados pelos vereadores, Jeverson Lima (PMDB), Clóvis Morali (PMDB), Cássia Gomes dos Santos (PMDB) e José Cláudio Gomes da Silva - Amarelinho (PSC), o referido projeto foi aprovado com os votos da  maioria dos vereadores que compõem a base aliada da prefeita. 

O vereador Jeverson Lima, que se posicionou totalmente contrário ao projeto, durante seu discurso disse não ver necessidade e nem disposição financeira para a contratação destes policiais, citando o exemplo de distritos como o de Tarilândia, que hoje possui apenas nove policiais para garanti a segurança de mais de 9 mil pessoas.

O vereador Clovis Morali, reiterou dizendo que esta atitude é totalmente desnecessária, uma vez que vivemos em uma cidade tranquila e a prefeita não esta sob ameaça, complementando que esta ação irá prejudicar o já defasado efetivo da Polícia Militar, finalizando seu posicionamento, divulgando que é contrário a disponibilização de segurança a qualquer administrador, sendo ele governador, deputado ou prefeito.

O presidente da Câmara de Vereadores Josemar Figueira (PT) defendeu o projeto informando que a prefeita realmente não está sob ameaça, mas é de suma importância garantir sua segurança, opinião compartilhada pelo vereador Valdecir Orlandini (PSB), que também se pronunciou em defesa do projeto.

O segundo projeto de lei apresentado ao parlamento, sob nº 1831/2013, com a finalidade de parcelamento das dividas oriundas das concessionárias de fornecimento de energia e água ao município, Eletrobrás e Caerd, recebeu sem contestação a aprovação de todos os edis.  

Já o terceiro e ultimo projeto de lei de nº 1832/2013, novamente esquentou o clima e fomentou debates na sessão, uma vez que ele movimenta seriamente a estrutura administrativa, e de acordo com alguns vereadores, mesmo assim foi apresentado as pressas e exigido a aprovação imediata naquela sessão. Nele está prevista a extinção de alguns cargos comissionados em diversas secretarias, em contrapartida cria mais 298 e acrescenta 167 cargos, e contempla outros com aumentos salariais.  

Consta também neste projeto a criação da Secretaria Municipal de Governo – SEMGOV, que custará aos cofres públicos mais de 20 mil reais mensais e será administrado pelo marido da preferia, Valdeir Anício de Araújo, popular Tracajá.

O projeto também autoriza a unificação da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos SEMUR com a Secretaria Municipal de Serviços Rurais e Rodoviários SEMURB, passando para a nomenclatura, Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos SEMOSP.

Projeto este também aprovado e apoiado pelos 11 vereadores que compõem atualmente a base da prefeita no poder legislativo, e contestado novamente pelos quatro vereadores, Jeverson Lima, Clóvis Morali, Amarelinho e Cássia dos Santos, que na oportunidade insistiu ao presidente que concedesse mais tempo para uma avaliação criteriosa ao importante projeto, pedido o qual foi negado.

Com a criação dos novos cargos e a secretaria, é esperado um acréscimo de despesa na folha de pagamento do município, de mais de 488 mil reais mensais, que subtraído a economia adquirida nos cargos extintos, ainda causará um impacto estimado de 330 mil reais aos cofres públicos.

FONTE; JARUONLINE

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