Apesar de formalmente, os petistas e peemedebistas negarem qualquer negociação em torno da montagem da equipe administrativa de um provável governo de Dilma Rousseff (PT), líderes de partidos nanicos coligados com a candidata e até adversários tentam faturar uma fatia dos cargos federais. Dilma possui 18 pontos de vantagem José Serra (PSDB), segundo pesquisa Sensus divulgada nesta terça-feira (24). "Tivemos o Ministério das Relações Institucionais, que não tem capilaridade, e temos hoje alguns carguinhos. Esperamos ter mais visibilidade administrativa", reconhece o líder da bancada do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), membro de um partido que está formalmente com Serra. No PP, o deputado Mario Negromonte (BA) diz: "Esperamos eleger de 50 a 60 deputados federais, além de senadores, governadores. Vamos crescer e, então, é aquela história, a gente vale quanto pesa". Ele minimiza o fato de o partido não ter aprovado oficialmente o apoio. "Ela sabe o esforço que fizemos." Vice-presidente da legenda, Ricardo Barros (PP) reforça: "A relação vai ser por tamanho da bancada, quem ganha tem que governar". O PSB fala ainda no nome de Ciro Gomes para o BNDES e pleiteia a pasta dos Transportes, hoje com o PR, que tem a maior previsão de investimento da Esplanada. Já o PDT, que controla a pasta do Trabalho, pretende ampliar sua participação assumindo a Educação. "Seria o ideal, mas é claro que depende dela. O PDT não faz isso [negociação antecipada]", diz Manoel Dias, presidente do partido. Informações da Folha.