Mais Notícias : Último round. Ou o primeiro?
Enviado por alexandre em 20/10/2012 22:30:19

O último round da eleição municipal paulistana é, também, o primeiro round da eleição presidencial. No próximo domingo, dia 28, os 8 milhões de eleitores de São Paulo escolherão, entre o tucano José Serra e o petista Fernando Haddad, quem administrará a cidade nos próximos quatro anos. Não está em jogo apenas um cargo de prefeito. O partido que vencer as eleições paulistanas – PT ou PSDB – larga na frente na próxima eleição presidencial. Se José Serra for eleito, abrirá caminho para a reeleição de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo em 2014. Neste cenário, os dois marchariam ao lado do senador Aécio Neves numa forte chapa tucana, tendo como base os Estados de Minas Gerais e São Paulo, os mais populosos do país. Se Fernando Haddad vencer o pleito, ele emergirá como a mais promissora liderança da nova geração do Partido dos Trabalhadores e trará a maior cidade do país para a base de apoio da presidente Dilma Rousseff, provável candidata à reeleição. Será também uma vitória pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mentor da candidatura de Haddad e de Dilma.

Ganhadores do maior número de prefeituras nas metrópoles e cidades médias do país, PT e PSDB não são os únicos vitoriosos na eleição deste ano. Como ÉPOCA apontou na semana passada, surgiram, no primeiro turno, lideranças fortes fora dos dois partidos. Em Pernambuco, o governador Eduardo Campos apoiou Geraldo Júlio, candidato que se opunha ao petista Humberto Costa, o preferido de Lula. Júlio levou a prefeitura do Recife e consolidou a figura de Campos como liderança nacional. Eduardo Paes foi o prefeito mais votado da história do Rio de Janeiro e, na semana passada, mostrou que, a partir de agora, quer ser peça importante no xadrez federal. Lançou o governador fluminense Sérgio Cabral a vice de Dilma em 2014, causando uma pequena crise na base de seu partido. Paes é do PMDB, Campos do PSB. É cedo para dizer se essas legendas apresentarão projetos capazes de empolgar o país em 2014, em vez de apoiar tucanos ou petistas como em eleições anteriores.

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