Regionais : Tem marajá que ganha 47 mil só de auxílio gasolina – Por Sérgio Pires
Enviado por alexandre em 28/08/2012 11:11:22





mais de duas décadas, Fernando Collor de Mello se elegeu como “caçador
de marajás”. Iria combater os casos de servidores públicos e autoridades
que ganhavam salários milionários. O contraste dos milionários com o
dinheiro público e a grande maioria dos brasileiros, pobres e sem acesso
a qualquer mordomia, foi a isca usada por Collor, depois cassado, para
chegar à Presidência. Agora, tantos anos depois, sabe-se que os marajás
jamais foram caçados. Pelo contrário, eles são cada vez em maior número,
usufruindo de uma série de benefícios legais, implantados na vida
pública brasileira por irresponsáveis no Congresso e cumpridas pelo
Judiciário, que também deveria ajudar a fiscalizar, mas obviamente lava
as mãos, porque ele não faz as leis, só as cumpre. Centenas de
funcionários federais ganham mais que a Presidente da República, o que é
ilegal. O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, ganha 43 mil
reais, somando o salário e os penduricalhos que a lei lhe dá direito. É
empregado da dona Dilma, mas ganha quase duas vezes mais que ela. Isso
sem contar um funcionário da Prefeitura de São Paulo, que só como
“auxílio gasolina” recebe 47.500 reais.



 


A
revista Época desta semana conta vários casos de marajás que ganham uma
fortuna, usando brechas nas leis para encher seus bolsos. É por essas e
outras que a maioria dos poderes não quer cumprir a lei de
transparência, que manda divulgar quanto ganham todos os servidores
públicos, em todos os níveis de governo. Várias ações judiciais estão
pingando nos tribunais. Já pensou se os pobres brasileiros descobrem
quanto ganham, realmente, nossas autoridades e centenas de funcionários
de todos os poderes? Nesse momento em que 300 mil servidores estão em
greve por melhores salários, é sempre bom saber que entre eles há uma
casta de milionários. No Brasil da vida real, há cada vez mais marajás.



 


STF E OS 13 REAIS


 


Quando
se fala na lerdeza do Judiciário, o que não se sabe é o volume de
casos, muitos deles totalmente insignificantes, que deveriam ter sido
decididos na primeira instância e que acabam indo até o Supremo. Um
exemplo entre milhares: um homem que roubou um farol de milha, avaliado
em 13 reais, teve seu caso indo até o Supremo. Os ministros o condenaram
pelo furto, certamente depois de longo tempo perdido com uma besteira
dessas.



 


DOZE CAMARÕES


 


Mais
dois exemplos absurdos, que também chegaram ao Supremo. Um deles é o
caso de um pescador que tirou 12 camarões a mais do mar, em Santa
Catarina e foi processado. Nesse caso, os ministros o absolveram, depois
de longa discussão. Um terceiro: homem roubou uma bermuda e o processo
acabou no STF. Essas histórias foram contadas pela jornalista Mônica
Bérgamo, em seu blog. Dá prá entender agora porque algumas decisões
judiciais demoram até uma década



para sair?


 


ANALFABETOS


 


Quando
se protesta contra erros grosseiros de português, há os que acham
exagero. Na propaganda eleitoral gratuita, em Rondônia, os erros crassos
nas legendas dos depoimentos dos candidatos são absurdos. Trocar o U
pelo L, como em mau ou mal; errar palavras simples, como município,
escrevendo munisípio com são apenas alguns exemplos. Não é possível que
além de agüentar a mesmice na propaganda eleitoral, a gente ainda tenha
que assistir a estes verdadeiros ataques de analfabetismo à língua mãe. 



 


INACREDITÁVEL


 


Se
essa história contada em outras circunstâncias, se poderia considerar
uma piada ou pura invenção. Mas é real. MST e movimentos populares foram
pedir ajuda ao governador paulista Geraldo Alckmin, para conseguirem
apoio na luta pela reforma agrária. Informaram que com o governo federal
estão tendo grandes dificuldades. Deu prá entender? Os movimentos
criados pelo PT foram pedir ajuda a um tucano de primeira hora.
Realmente, esse mundo endoidou!



 


BOCA NA BOTIJA


 


Sem
dar bola para a legislação, ignorando o bom senso e demonstrando que a
população de Rolim de Moura errou feio em elegê-lo vereador, José
Messias de Oliveira, o Messias da Pedra, foi preso em flagrante.
Comprando voto de uma eleitora pobre, que contou às autoridades que a
passagem que usaria tinha sido dada a ela pelo vereador. A partir da
suspeita da malandragem, a polícia e as autoridades da Justiça Eleitoral
passaram a monitorar o comprador de votos e ele acabou pego com a boca
na botija. Para quem ainda acredita que as leis no Brasil são para
todos, só se pode esperar punição exemplar. Mas...



 


GREVE PERIGOSA


 


Policiais
federais e policiais rodoviários estão pressionando o governo em busca
de melhores salários e condições de trabalho. Aliás, como o estão
fazendo representantes de pelo menos 30 categorias de funcionários da
União. Mas, com relação aos policiais, há que se ter cuidado. A forma
como eles estão fazendo protestos país afora, caminha numa linha tênue
entre o direito à greve e o desrespeito ao governo e ao povo brasileiro.
Todos têm direito de reivindicar. Mas algumas categorias,
principalmente as que têm a missão de proteger a população, tem que agir
com todo o cuidado. Gente armada não pode assustar a



quem deve proteger.


 


PERGUNTINHA


 


Com o horário eleitoral gratuito, já deu para escolher em quem você vai votar na eleição de 7 de outubro?


Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia