“Não vou ficar batendo boca com adversários em ponta de esquina, nem responder a ataques da imprensa. Vou fazer o que sempre fiz, que é trabalhar muito. Se sou um vencedor até hoje é porque trabalho muito”, observou.

Para o governador, além da maledicência própria da postura oposicionista, muitos dos que o criticam estão, na verdade, desinformados a respeito de seu governo. Por isso, fez um discurso centrado no trabalho executado ao longo deste um ano e meio de gestão. Falou do forte trabalho do DER, cujo diretor Lúcio Mosquini, segundo ele “surpreendeu a todos, de dentro e fora do governo, deputados e prefeitos”, citou a Operação Aciso, ação retomada por ele por meio da Casa Militar, que leva “apoio, dignidade e cidadania”, com serviços de saúde, operação documentos a comunidades isoladas e ribeirinhos.

Moura citou dois programas em execução, que por si só, farão dobrar o PIB Rondoniense. Trata-se do programa de regularização urbana e do cadastro ambiental rural. “São pequenas ações, mas eficazes para dobrar a economia.

Falou também do programa de habitação popular, ação que o governo estadual não fazia há mais de 20 anos. “Recentemente lançamos a construção de 1.490 cassas que serão entregues de graça a famílias que não tem onde morar e outro programa pelo qual o morador pagará 10% do que ganha, quitando a casa em dez anos.

Só em Porto Velho serão construídas mais de 10 mil casas. “Será uma pequena cidade nova dentro de Porto Velho”, disse. O governador falou ainda do Banco do Povo, que já permitiu a inclusão bancária de mais de dez mil microempreendedores, que não conseguiriam crédito nas linhas oficiais.

O programa de transferência de renda do Plano Futuro, por meio do qual famílias pobres ou extremamente pobres recebem dinheiro para complementar o programa Bolsa Família, de acordo com Confúcio Moura, já atende cerca de 11 mil famílias no Estado.

Outra importante ação citada foi o Fundo de Apoio e Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Fundaf), pelo qual o governo subsidia os juros de financiamentos de equipamentos em valores de até R$ 50 mil, para a modernização da produção agrícola.

SAÚDE

A ênfase maior, entretanto, foi dada a saúde pública. Moura iniciou lembrando que a crise no setor está no país todo, inclusive nos hospitais universitários, conforme tem sido mostrado diariamente pela imprensa. No caso específico de Rondônia, entretanto, ele acusou a inércia do governo nos últimos 20 anos.

“A estrutura existente hoje é a mesma que deixei quando fui secretário de saúde, nos anos 80. 24 depois, quando chegou ao governo, encontro um setor aos frangalhos. Meu problema foi que eu não escondi. Mostrei e escancarei para todos verem a situação como estava. Se alguém escondeu, problema dele, mas eu mostrei a realidade de 20 anos sem se fazer nada”, disse.

Para enfrentar os problemas de frente, neste um ano e meio o governo firmou convênio com o Hospital de Câncer São Daniel Comboni em Cacoal e estruturou o Hospital Regional da mesma cidade, deu início a construção do hospital de Guajará-Mirim, no dia 5 de agosto vai inaugurar o Hospital Regional de São Francisco – cujo prédio foi inaugurado pelo governo anterior sem equipamentos nem servidores – assumiu o repasse mensal de recursos às prefeituras, inaugurou o novo Hospital Infantil São Cosme e Damião, em Porto Velho; inaugurou mais 120 leitos no Hospital de Base, nesta terça-feira (10) vai inaugurar a extensão do Hospital de Câncer de Barretos no Hospital de Base; em agosto vai inaugurar duas unidades de pronto atendimento (UPAs) em Porto Velho; em setembro vai inaugurar um moderno centro de diagnóstico por imagem, com os aparelhos mais modernos da atualidade e ainda neste ano começa o processo de construção do novo hospital de urgência e emergência de Porto Velho, uma grande estrutura com 250 leitos, que irá substituir o João Paulo II. “São ações que não se fazem de uma hora para outra. E vamos melhorar a cada mês. Podem acreditar que estamos fazendo o melhor”, encerrou muito aplaudido o governador Confúcio Moura.