Regionais : Forças Armadas realizam evacuação aeromédica emergencial de Indígenas Yanomami
Enviado por alexandre em 12/05/2025 00:48:16


Na tarde desta quinta-feira (8), as Forças Armadas realizaram evacuação aeromédica emergencial - no contexto da Operação Catrimani II - na região de Porto do Arame, próxima à Estação Ecológica de Maracá, a 122 km de Boa Vista (RR).

Atendimento e Destino dos Pacientes

Após acionamento pela Casa de Governo, o Comando Conjunto da Operação mobilizou o helicóptero H-60 Black Hawk, da Força Aérea Brasileira, com uma equipe de saúde do Exército Brasileiro. Foram resgatados sete pacientes e quatro acompanhantes indígenas Yanomami, dentre eles um homem com suspeita de fratura na tíbia, cinco pacientes com suspeita de malária, sendo uma idosa, e três crianças.

Os pacientes foram transportados até a Base Aérea de Boa Vista, de onde o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) conduziu o transporte até o Hospital Geral de Roraima para dar continuidade do tratamento.

O socorrista Rui Deglan integrante do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (DSEI - Yanomami) agradeceu a ajuda das Forças Armadas. “A gente agradece o pessoal da Operação Catrimani. Eles têm apoiado muito e não somente nessa operação. Graças a Deus tem um médico do Exército nessa operação.”

Prontidão Permanente e Operacionalidade das Forças Armadas

O Comando Conjunto da Operação Catrimani II mantém estado de prontidão, consequência do treinamento contínuo e manutenção rigorosa de equipamentos. Essa capacidade assegura resposta rápida a emergências em áreas remotas, garantindo apoio aeromédico imediato a comunidades indígenas Yanomami.

Operação Catrimani II

A Operação Catrimani II é conduzida pelo Comando Conjunto em coordenação com a Casa de Governo. Tendo como objetivo principal o combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY). Instituída pela Portaria GM-MD Nº 1.511, de 26 de março de 2024, essa operação busca desmantelar estruturas que sustentam a mineração clandestina, proteger o meio ambiente e garantir a segurança das comunidades indígenas. Assim, reafirma o compromisso das autoridades em preservar o território Yanomami, proteger os povos indígenas e combater crimes ambientais que ameaçam uma das maiores reservas naturais do Brasil.

Presença do Exército nas quatro tríplices fronteiras da Amazônia Ocidental reforça soberania e combate a crimes


Em meio aos desafios da Amazônia Ocidental, o Comando Militar da Amazônia (CMA) está presente em quatro tríplices fronteiras do Brasil. Com mais de 19 mil militares atuando no combate aos crimes transfronteiriços, apoio aos povos originários e proteção do meio ambiente, o CMA é responsável pela defesa de cerca de 25% do território nacional na garantia da soberania e no combate aos ilícitos transfronteiriços.

Presente nos estados do Amazonas, Rondônia, Roraima e Acre, o CMA vigia aproximadamente 59% das fronteiras terrestres do Brasil, o que corresponde a mais de 9 mil quilômetros de extensão em áreas de difícil acesso e relevância geopolítica.

Destacam-se entre esses pontos, as quatro tríplices fronteiras que estão sob a área de atuação desse Comando Militar de Área: Brasil – Guiana – Venezuela; Brasil – Colômbia – Venezuela; Brasil – Peru – Colômbia; e Brasil – Peru – Bolívia. Nesses locais, militares distribuídos em 64 Organizações Militares, 23 Pelotões Especiais de Fronteira e um Destacamento Especial de Fronteira, atuam muito além da defesa, se desdobram em ações subsidiárias em uma das regiões mais desafiadoras do país.

Essas regiões fronteiriças são marcadas por intensa interação econômica e cultural entre as populações dos países vizinhos. Um exemplo é a tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia, onde cidades como Assis Brasil (Brasil), Iñapari (Peru) e Bolpebra (Bolívia) mantêm relações de interdependência que remontam a séculos de história e migrações indígenas. De maneira semelhante, na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, a região do Alto Solimões é um polo econômico e cultural, especialmente no comércio de pescado, que atravessa fronteiras e movimenta a economia local.

A vulnerabilidade socioeconômica dessas áreas torna a presença do Exército ainda mais essencial para coibir práticas ilegais e fomentar o desenvolvimento regional. Além de assegurar a soberania nacional, o CMA busca fortalecer a cooperação com as Forças Armadas dos países lindeiros, realizando operações espelhadas para garantir a segurança das fronteiras e proteger a biodiversidade da Amazônia Ocidental. Somente no primeiro trimestre de 2025, as operações somaram R$143,2 milhões em resultados tangíveis, contabilizando as apreensões, multas e lucros cessantes, esforços que fortalecem a presença do Estado Brasileiro na região.

Ao longo dos séculos, a Amazônia brasileira consolidou-se não apenas como um território estratégico, mas como um patrimônio cultural e ambiental de relevância global. Nesse contexto, o CMA, como o Braço Forte e a Mão Amiga do Exército Brasileiro, está comprometido com a defesa da pátria e a promoção do desenvolvimento sustentável.

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