Regionais : Empresário depilava macaca, acorrentava e colocava para ser estuprada em bordel
Enviado por alexandre em 12/05/2025 00:28:14

O que deveria ser uma história de preservação ambiental e biodiversidade se transformou em um dos casos mais chocantes de crueldade animal do século XXI. A ilha de Bornéu, famosa por suas vastas plantações de óleo de palma e fauna exótica, também abriga um triste símbolo da exploração extrema: Pony, uma fêmea de orangotango resgatada em 2003 de um bordel, onde era usada como escrava sexual.

 

O caso veio à tona quando a organização Borneo Orangutan Survival Foundation (BOSF) recebeu denúncias de que um orangotango era mantido em condições desumanas na região de Central Kalimantan.

 

Ao chegar ao local, acompanhado por 35 policiais armados, o grupo encontrou Pony acorrentada a uma cama, com os pelos raspados — especialmente na região genital —, coberta de maquiagem, perfumes e joias. A orangotango, então com cerca de seis anos, era oferecida a clientes humanos para práticas sexuais, numa rotina de abuso sistemático.

 

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Pony havia sido treinada para obedecer aos abusadores, sem reagir. Segundo os cuidadores, ela demonstrava medo extremo de humanos, mas não agressividade, o que indicava condicionamento baseado em violência e submissão. Os donos do prostíbulo resistiram fortemente à entrega do animal, chegando a ameaçar as autoridades com facões e armas de fogo.

 

“Foi grotesco. Ela era escrava sexual”, afirmou Michelle Desilets, diretora da filial britânica da BOSF, que acompanhou o resgate. Ainda não se sabe exatamente como Pony chegou ao local, mas acredita-se que tenha sido retirada da natureza ainda filhote, o que explicaria sua total dependência de humanos e a ausência de instintos básicos de sobrevivência.

 

Após o resgate, a orangotango foi transferida para o centro de reabilitação Nyaru Menteng, onde iniciou um processo longo de recuperação física e psicológica. A primeira fase foi marcada por rejeição alimentar, isolamento e medo. Com o tempo, passou a interagir com outros orangotangos e foi incluída em um programa de reintegração batizado de “escola florestal”.

 

Apesar dos avanços sociais, Pony não sabia procurar alimento nem se defender — sinais de que foi privada do aprendizado natural desde a infância. Em 2013, após uma década de cuidados, ela foi considerada apta a retornar à floresta. Contudo, as primeiras tentativas falharam: retornou ao centro cinco vezes, com ferimentos, sinais de desnutrição e dificuldade de adaptação.

 

 

Hoje, Pony vive sob proteção, em uma área florestal monitorada, e já reconhece tratadores como aliados. Ainda não está completamente reintegrada ao ambiente selvagem, mas representa um raro caso de recuperação em meio a uma realidade brutal. Seu caso se tornou símbolo da luta contra a exploração sexual de animais, o tráfico ilegal de espécies e o descaso com a fauna ameaçada.

 

A exploração sexual de animais, embora rara e extrema, existe em regiões vulneráveis onde a pobreza, a corrupção e a ausência de fiscalização criam um terreno fértil para atrocidades. Segundo ONGs locais, outros animais podem estar sendo vítimas de práticas semelhantes, muitas vezes invisíveis à sociedade.

 

Bornéu, além de seu papel econômico na produção de óleo de palma, é uma das regiões mais críticas para a conservação de orangotangos, espécie em risco de extinção. A destruição de habitat natural, combinada com práticas criminosas, ameaça diretamente a sobrevivência desses primatas.

 

Fotos:Reprodução

 


 

Pony sobreviveu ao impensável. Sua história deve servir como um alerta global sobre os limites da crueldade humana e a urgência de políticas eficazes de proteção animal e combate ao tráfico de vida selvagem. 

 

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