Regionais : Em Rondônia: Pacientes são removidos de madrugada para hospital 'privatizado' e caso termina em morte
Enviado por alexandre em 09/05/2025 15:26:47

Denúncias apontam que transferências arriscadas de Porto Velho para Guajará-Mirim podem estar relacionadas a contratos de terceirização; hospital de destino conta com apenas três médicos


Em meio a crescentes questionamentos sobre a gestão da saúde pública em Rondônia, uma série de denúncias graves emerge sobre transferências hospitalares potencialmente desnecessárias e perigosas. Pacientes do Hospital João Paulo II, em Porto Velho, estão sendo transferidos durante a madrugada para o Hospital Regional de Guajará-Mirim, em condições que têm alarmado profissionais da saúde.

De acordo com servidores que preferiram não se identificar, as transferências ocorrem principalmente durante a madrugada, algumas vezes sem o uso de ambulâncias adequadas, com pacientes sendo transportados em caminhonetes comuns. O caso mais grave resultou no óbito de um paciente que havia dado entrada no Hospital João Paulo II com uma simples fratura no punho esquerdo.

A situação é ainda mais preocupante quando se considera a estrutura do hospital de destino. O Hospital Regional de Guajará-Mirim opera com apenas três médicos - um ginecologista e dois cirurgiões que trabalham em regime de revezamento - uma equipe nitidamente insuficiente para atender a demanda que está sendo artificialmente criada.

"Existe a suspeita de que essas transferências estejam ocorrendo para justificar um volumoso contrato de terceirização, já que o Hospital Regional de Guajará-Mirim não possui naturalmente o volume de pacientes necessário", afirma uma fonte do setor.

Os riscos dessas transferências já começam a apresentar consequências graves. Além do óbito registrado, há relatos de complicações sérias, como o caso de um paciente que, após uma cirurgia para colocação de placa metálica no cotovelo esquerdo, desenvolveu infecção hospitalar durante sua internação em Guajará-Mirim.


Secretário estadual de saúde coronel - PM Jeferson
A atual gestão da saúde estadual tem sido duramente criticada pela falta de condução especializada e pelo distanciamento do corpo técnico, fatores que estariam contribuindo para a deterioração da qualidade do serviço prestado à população.

Os profissionais da área alertam ainda que este modelo de terceirização, da forma como vem sendo conduzido, pode resultar em um aumento significativo nas demandas das unidades de saúde municipal, sobrecarregando ainda mais o sistema.

O Rondoniaovivo divulgou uma série de documentos que comprovam as transferências. CLIQUE AQUI para ver.

Painel Político

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