Denúncia

Moisés de Oliveira, irmão do ex-deputado Carlão de Oliveira, único réu que cumpre sentença após a deflagração da Operação Dominó em 2006 que desarticulou, segundo a justiça, uma quadrilha que agia no legislativo, judiciário e tribunal de contas de Rondônia, encaminhou ao Ministério Público de Rondônia, ainda em março de 2010, um pedido de providências referente ao envolvimento de outras pessoas no caso, cujas participações foram comprovadas através de cópias de cheques, comprovantes de depósitos bancários e outras transações. Ele pediu providências por que acha injusto a corda estar arrebentando apenas nas costas dele, de Haroldo “Haroldinho” Augusto e Carlão de Oliveira.

Detalhes

Tanto Moisés quanto Haroldinho revelaram em depoimentos na Polícia Federal e aos juízes que os ouviram, detalhes de diversas operações que culminaram em prejuízos aos cofres públicos, inclusive a história do tal avião comprado, segundo Moisés, pelo deputado estadual Neodi Carlos (Machadinho). De acordo com Moisés, a aeronave era alugada ao comandante João Demarco, proprietário da empresa que atendia a Assembleia. O próprio Neodi teria confirmado em depoimento, corroborado por seu sócio Valdir Vargas e por Demarco, a compra do tal avião. Ele só não disse que o dinheiro pago a Carlão de Oliveira, proprietário anterior, era proveniente de desvios na Assembleia.

Mais envolvidos

Moisés também questiona no mesmo pedido de providências, a ausência do prefeito de Ji-Paraná José de Abreu Bianco no rol de acusados, assim como a ex-deputada e ex-prefeita de Rolim de Moura Mileni Cristina Benetti Mota. De acordo com Moisés, ambos tiveram suas candidaturas a prefeito bancadas com dinheiro desviado da Assembleia. O caso não é novidade, mas realmente estranha a falta desses dois para dar explicações à justiça. No caso de Bianco, por exemplo, foi registrado que a campanha inteira custou R$ 90 mil. Já Mileni Mota alega ter gasto pouco mais de R$ 74 mil, doados por ela mesma, de acordo com sua prestação de contas.

Disparidade

Na mesma eleição, em Cacoal, os candidatos Divino Cardoso e Sueli Aragão registraram gastos na ordem de R$ R$ 249.900 e R$ 221.600, respectivamente. Cacoal é menor que Ji-Paraná e maior que Rolim de Moura e mesmo assim, apenas um dos candidatos que disputaram as eleições naquele ano de 2004 conseguiu gastar mais que a soma alegada por Bianco e Mileni. A conclusão que chegamos é que o pessoal em Ji-Paraná ou é muito econômico ou não sabem fazer contas. Melhor acreditarmos na primeira opção.

Pior

É que nada disso foi investigado até o momento. Neodi, por exemplo, continua lépido e faceiro na Assembleia Legislativa e Bianco vive como se nada tivesse acontecido. Para Moisés de Oliveira, a balança da justiça pesou, e muito, assim como os demais acusados. Para se ter uma ideia, na Operação Dominó foram presas 23 pessoas, entre autoridades, empresários e assessores, além disso, 23 dos 24 deputados estaduais foram acusados de participar diretamente de um esquema de desvio de recursos da Assembleia por uma folha paralela de servidores.

Como operava

A chamada “folha paralela” consistia em uma relação de servidores contratados apenas no papel. Naquela época bastava apresentar cópia de RG e CPF para ser contratado pela Assembleia. Os parlamentares, de acordo com a Polícia Federal, usavam números de documentos de centenas de pessoas indiscriminadamente. Tinha gente que “trabalhava” na Assembleia sem saber e ainda recebia gordos salários. Pessoas que deixavam curriculos em gabinetes de deputados em busca de emprego tinham seus dados utilizados indevidamente. Essas contratações não eram publicadas no Diário Oficial da Casa, existiam apenas para ordens bancárias. Os pagamentos eram feitos em cheque, endossados com assinaturas falsificadas. O esquema todo, ainda segundo denúncia do Ministério Público, desviou cerca de R$ 70 milhões.

Comando

Um fato que chama a atenção no inquérito da Operação Dominó e nos processos que tramitam na justiça é a ausência do então secretário-geral da Assembleia naquela época, o atual conselheiro do Tribunal de Contas Chico Paraíba. Chama a atenção por que todas as nomeações obrigatoriamente deveriam, em tese, passar pelas mãos do secretário-geral. Mesmo assim, ele não consta nem como réu nem como testemunha no processo.

Oitivas

E as dezenas de ações oriundas da Operação Dominó estão andando na justiça. Os réus estão sendo ouvidos e em breve devem ser proferidas novas sentenças.

A ponte

Que liga Porto Velho ao Amazonas no Rio Madeira deverá ser inaugurada em breve. Em contrapartida, na outra extremidade da BR 364, sentido Acre, a balsa do Abunã deve permanecer operando por um bom tempo. É que foi determinado que o projeto seja refeito, já que a ponte deverá ter 19 metros a mais de altura, para permitir a passagem de barcos. Com isso as coisas devem atrasar por pelo menos mais um ano. E o dinheiro vai continuar caindo no bolso do deputado federal pelo Mato Grosso, Roberto Dorner que fatura R$ 1,8 milhão por mês com suas balsas que operam em Abunã.

Começou

Com a proximidade das eleições municipais, praticamente todo mundo é candidato a vereador ou conhece alguém que seja. E começam os pedidos de votos e as respostas sem graça “meu irmão/cunhado/primo/marido/esposa/amigo” é candidato e vou votar nele. Pior ainda são os pedidos via redes sociais como Facebook, Twitter e Orkut. Ninguém merece.

Memória

Nesta quinta-feira, 8, completa um ano de falecimento do jornalista Paulo Queiroz Bezerra, morto em decorrência de ataque cardiáco em seu escritório na Avenida Campos Sales em Porto Velho. Paulo era colaborador da revista PAINEL POLÍTICO e assinava a coluna Política em Três Tempos, uma das mais influentes do jornalismo político de Rondônia. No domingo, 11, completa um ano da morte do deputado federal Eduardo Valverde, vítima de acidente na BR 364, próximo a cidade de Jaru. Valverde era um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores em Rondônia e o principal expoente da legenda. O mesmo acidente vitimou o adjunto da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sócioeconômico e Turismo de Porto Velho, Ely Bezerra de Salles, ex-companheiro da deputada estadual Epifânia Barbosa, também do PT.

Reação

Acadêmicos da Universidade Federal de Rondônia estão se mobilizando no sentido de defender o que resta do patrimônio histórico do Estado. Para isso pretendem redigir um projeto de lei a ser apresentado por algum deputado criando legislação específica no que diz respeito a preservação de sítios, monumentos e peças históricas. Uma sugestão a turma é que aproveitem o embalo e façam um abaixo-assinado exigindo a saída do atual dirigente do IPHAN em Rondônia Beto Bertagna, além de sua responsabilização pelos danos causados em sua gestão. Já seria uma grande conquista.

Comissão

Edson Martins, deputado estadual pelo PMDB é o relator da comissão processante que deve cassar o mandato do deputado Valter Araújo. A comissão é presidida por José Lebrão e tem como vice Lorival Amorim. Fazem parte também os deputados Ribamar Araújo e Valdivino Tucura. Eles serão responsáveis pelas investigações sobre a quebra de decoro, mas caberá inicialmente ao relator a definição das responsabilidades. A comissão, que se reunirá às terças-feiras a partir das 9 horas também será responsável por aplicar sanções aos demais deputados envolvidos no caso que culminou com a Operação Termópilas da Polícia Federal em novembro do ano passado.

No domingo

Para quem gosta de kart, no próximo domingo acontece a abertura do campeonato 2012 na Fatec. No sábado o local estará aberto para inscrições e reconhecimento da pista. No domingo pela manhã, a partir das 9 horas começam as tomadas de tempo e a tarde, a partir das 14h45 a primeira largada. A última bateria larga às 16h40min. Podem correr pilotos com idade superior a 13 anos. As inscrições custam R$ 150.

Suplementos de vitamina E enfraquecem os ossos

A vitamina E, nutriente encontrado principalmente em óleos vegetais, gérmen de trigo, espinafre e brócolis, é conhecido por ser um potente antioxidante que reforça a nossa capacidade imunológica. Mas um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Keio no Japão diz que o consumo de suplementos desta vitamina talvez não seja tão bom para os ossos. Em pesquisa publicada na revista Nature Medicine, realizada com camundongos em laboratório, os cientistas japoneses observaram que a vitamina E, também conhecida como tocoferol, ao ser usada em altas doses (a necessidade diária fica em torno de 15mg por dia para adultos), enfraqueceu os ossos dos animais. O foco da pesquisa foi o mecanismo de remodelação óssea, o processo contínuo de renovação e manutenção do tecido ósseo. O tamanho e a densidade óssea dependem do equilíbrio entre as células que formam o novo tecido, conhecidas por osteoblastos, e o grupo que o decompõe, os osteoclastos. Segundo os autores, a vitamina E, especialmente a sua forma mais comum (são quatro), o alfatocoferol, estimula a formação de osteoclastos, o que significa que se perde mais osso do que se forma. No estudo, foi observado que os animais que receberam suplementos de vitamina E na dose equivalente a usada por humanos sofreram uma redução de 20% da massa óssea após apenas oito semanas; e este o principal fator de risco para osteoporose. Estudos anteriores já indicaram que a vitamina E reduziria o risco de infarto, câncer e até demência, o que leva a um grande consumo de suplementos deste nutriente por milhões de pessoas, apesar de poucas evidências científicas de seus benefícios. Outro estudo semelhante realizado com roedores em 2010 encontrou resultados opostos, e mostrou que a vitamina E era benéfica para os ossos de idosos. Mas Takeda diz que a maioria do trabalhos sobre o tema usou pequenas amostras e não foram bem controlados. Segundo nutricionistas, a alimentação balanceada já é suficiente para fornecer as necessidades diárias de vitamina E.

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Para entrar em contato com a coluna você pode enviar um email para alan.alex@gmail.com nos encontrar no Facebook.com/painel.politico, no Twitter @painelpolitico e ainda pelo endereço www.painelpolitico.com - Também pelos telefones (69) 9248-8911 e (69) 3219-3474.


Denúncia

Moisés de Oliveira, irmão do ex-deputado Carlão de Oliveira, único réu que cumpre sentença após a deflagração da Operação Dominó em 2006 que desarticulou, segundo a justiça, uma quadrilha que agia no legislativo, judiciário e tribunal de contas de Rondônia, encaminhou ao Ministério Público de Rondônia, ainda em março de 2010, um pedido de providências referente ao envolvimento de outras pessoas no caso, cujas participações foram comprovadas através de cópias de cheques, comprovantes de depósitos bancários e outras transações. Ele pediu providências por que acha injusto a corda estar arrebentando apenas nas costas dele, de Haroldo “Haroldinho” Augusto e Carlão de Oliveira.

Detalhes

Tanto Moisés quanto Haroldinho revelaram em depoimentos na Polícia Federal e aos juízes que os ouviram, detalhes de diversas operações que culminaram em prejuízos aos cofres públicos, inclusive a história do tal avião comprado, segundo Moisés, pelo deputado estadual Neodi Carlos (Machadinho). De acordo com Moisés, a aeronave era alugada ao comandante João Demarco, proprietário da empresa que atendia a Assembleia. O próprio Neodi teria confirmado em depoimento, corroborado por seu sócio Valdir Vargas e por Demarco, a compra do tal avião. Ele só não disse que o dinheiro pago a Carlão de Oliveira, proprietário anterior, era proveniente de desvios na Assembleia.

Mais envolvidos

Moisés também questiona no mesmo pedido de providências, a ausência do prefeito de Ji-Paraná José de Abreu Bianco no rol de acusados, assim como a ex-deputada e ex-prefeita de Rolim de Moura Mileni Cristina Benetti Mota. De acordo com Moisés, ambos tiveram suas candidaturas a prefeito bancadas com dinheiro desviado da Assembleia. O caso não é novidade, mas realmente estranha a falta desses dois para dar explicações à justiça. No caso de Bianco, por exemplo, foi registrado que a campanha inteira custou R$ 90 mil. Já Mileni Mota alega ter gasto pouco mais de R$ 74 mil, doados por ela mesma, de acordo com sua prestação de contas.

Disparidade

Na mesma eleição, em Cacoal, os candidatos Divino Cardoso e Sueli Aragão registraram gastos na ordem de R$ R$ 249.900 e R$ 221.600, respectivamente. Cacoal é menor que Ji-Paraná e maior que Rolim de Moura e mesmo assim, apenas um dos candidatos que disputaram as eleições naquele ano de 2004 conseguiu gastar mais que a soma alegada por Bianco e Mileni. A conclusão que chegamos é que o pessoal em Ji-Paraná ou é muito econômico ou não sabem fazer contas. Melhor acreditarmos na primeira opção.

Pior

É que nada disso foi investigado até o momento. Neodi, por exemplo, continua lépido e faceiro na Assembleia Legislativa e Bianco vive como se nada tivesse acontecido. Para Moisés de Oliveira, a balança da justiça pesou, e muito, assim como os demais acusados. Para se ter uma ideia, na Operação Dominó foram presas 23 pessoas, entre autoridades, empresários e assessores, além disso, 23 dos 24 deputados estaduais foram acusados de participar diretamente de um esquema de desvio de recursos da Assembleia por uma folha paralela de servidores.

Como operava

A chamada “folha paralela” consistia em uma relação de servidores contratados apenas no papel. Naquela época bastava apresentar cópia de RG e CPF para ser contratado pela Assembleia. Os parlamentares, de acordo com a Polícia Federal, usavam números de documentos de centenas de pessoas indiscriminadamente. Tinha gente que “trabalhava” na Assembleia sem saber e ainda recebia gordos salários. Pessoas que deixavam curriculos em gabinetes de deputados em busca de emprego tinham seus dados utilizados indevidamente. Essas contratações não eram publicadas no Diário Oficial da Casa, existiam apenas para ordens bancárias. Os pagamentos eram feitos em cheque, endossados com assinaturas falsificadas. O esquema todo, ainda segundo denúncia do Ministério Público, desviou cerca de R$ 70 milhões.

Comando

Um fato que chama a atenção no inquérito da Operação Dominó e nos processos que tramitam na justiça é a ausência do então secretário-geral da Assembleia naquela época, o atual conselheiro do Tribunal de Contas Chico Paraíba. Chama a atenção por que todas as nomeações obrigatoriamente deveriam, em tese, passar pelas mãos do secretário-geral. Mesmo assim, ele não consta nem como réu nem como testemunha no processo.

Oitivas

E as dezenas de ações oriundas da Operação Dominó estão andando na justiça. Os réus estão sendo ouvidos e em breve devem ser proferidas novas sentenças.

A ponte

Que liga Porto Velho ao Amazonas no Rio Madeira deverá ser inaugurada em breve. Em contrapartida, na outra extremidade da BR 364, sentido Acre, a balsa do Abunã deve permanecer operando por um bom tempo. É que foi determinado que o projeto seja refeito, já que a ponte deverá ter 19 metros a mais de altura, para permitir a passagem de barcos. Com isso as coisas devem atrasar por pelo menos mais um ano. E o dinheiro vai continuar caindo no bolso do deputado federal pelo Mato Grosso, Roberto Dorner que fatura R$ 1,8 milhão por mês com suas balsas que operam em Abunã.

Começou

Com a proximidade das eleições municipais, praticamente todo mundo é candidato a vereador ou conhece alguém que seja. E começam os pedidos de votos e as respostas sem graça “meu irmão/cunhado/primo/marido/esposa/amigo” é candidato e vou votar nele. Pior ainda são os pedidos via redes sociais como Facebook, Twitter e Orkut. Ninguém merece.

Memória

Nesta quinta-feira, 8, completa um ano de falecimento do jornalista Paulo Queiroz Bezerra, morto em decorrência de ataque cardiáco em seu escritório na Avenida Campos Sales em Porto Velho. Paulo era colaborador da revista PAINEL POLÍTICO e assinava a coluna Política em Três Tempos, uma das mais influentes do jornalismo político de Rondônia. No domingo, 11, completa um ano da morte do deputado federal Eduardo Valverde, vítima de acidente na BR 364, próximo a cidade de Jaru. Valverde era um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores em Rondônia e o principal expoente da legenda. O mesmo acidente vitimou o adjunto da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sócioeconômico e Turismo de Porto Velho, Ely Bezerra de Salles, ex-companheiro da deputada estadual Epifânia Barbosa, também do PT.

Reação

Acadêmicos da Universidade Federal de Rondônia estão se mobilizando no sentido de defender o que resta do patrimônio histórico do Estado. Para isso pretendem redigir um projeto de lei a ser apresentado por algum deputado criando legislação específica no que diz respeito a preservação de sítios, monumentos e peças históricas. Uma sugestão a turma é que aproveitem o embalo e façam um abaixo-assinado exigindo a saída do atual dirigente do IPHAN em Rondônia Beto Bertagna, além de sua responsabilização pelos danos causados em sua gestão. Já seria uma grande conquista.

Comissão

Edson Martins, deputado estadual pelo PMDB é o relator da comissão processante que deve cassar o mandato do deputado Valter Araújo. A comissão é presidida por José Lebrão e tem como vice Lorival Amorim. Fazem parte também os deputados Ribamar Araújo e Valdivino Tucura. Eles serão responsáveis pelas investigações sobre a quebra de decoro, mas caberá inicialmente ao relator a definição das responsabilidades. A comissão, que se reunirá às terças-feiras a partir das 9 horas também será responsável por aplicar sanções aos demais deputados envolvidos no caso que culminou com a Operação Termópilas da Polícia Federal em novembro do ano passado.

No domingo

Para quem gosta de kart, no próximo domingo acontece a abertura do campeonato 2012 na Fatec. No sábado o local estará aberto para inscrições e reconhecimento da pista. No domingo pela manhã, a partir das 9 horas começam as tomadas de tempo e a tarde, a partir das 14h45 a primeira largada. A última bateria larga às 16h40min. Podem correr pilotos com idade superior a 13 anos. As inscrições custam R$ 150.

Suplementos de vitamina E enfraquecem os ossos

A vitamina E, nutriente encontrado principalmente em óleos vegetais, gérmen de trigo, espinafre e brócolis, é conhecido por ser um potente antioxidante que reforça a nossa capacidade imunológica. Mas um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Keio no Japão diz que o consumo de suplementos desta vitamina talvez não seja tão bom para os ossos. Em pesquisa publicada na revista Nature Medicine, realizada com camundongos em laboratório, os cientistas japoneses observaram que a vitamina E, também conhecida como tocoferol, ao ser usada em altas doses (a necessidade diária fica em torno de 15mg por dia para adultos), enfraqueceu os ossos dos animais. O foco da pesquisa foi o mecanismo de remodelação óssea, o processo contínuo de renovação e manutenção do tecido ósseo. O tamanho e a densidade óssea dependem do equilíbrio entre as células que formam o novo tecido, conhecidas por osteoblastos, e o grupo que o decompõe, os osteoclastos. Segundo os autores, a vitamina E, especialmente a sua forma mais comum (são quatro), o alfatocoferol, estimula a formação de osteoclastos, o que significa que se perde mais osso do que se forma. No estudo, foi observado que os animais que receberam suplementos de vitamina E na dose equivalente a usada por humanos sofreram uma redução de 20% da massa óssea após apenas oito semanas; e este o principal fator de risco para osteoporose. Estudos anteriores já indicaram que a vitamina E reduziria o risco de infarto, câncer e até demência, o que leva a um grande consumo de suplementos deste nutriente por milhões de pessoas, apesar de poucas evidências científicas de seus benefícios. Outro estudo semelhante realizado com roedores em 2010 encontrou resultados opostos, e mostrou que a vitamina E era benéfica para os ossos de idosos. Mas Takeda diz que a maioria do trabalhos sobre o tema usou pequenas amostras e não foram bem controlados. Segundo nutricionistas, a alimentação balanceada já é suficiente para fornecer as necessidades diárias de vitamina E.

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