Mais Notícias : AIDS mata quase 11 mil pessoas no Brasil; mais de 60% eram negras
Enviado por alexandre em 01/12/2023 00:31:17


Dezembro Vermelho, mês de conscientização sobre Aids. Foto: Pexels

Dados apresentados nesta quinta-feira (30) pelo Ministério da Saúde apontam que quase 11 mil brasileiros morreram em decorrência da Aids no ano passado. Os dados foram divulgados para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids em 1º de dezembro.

Ao todo, 10.994 mortes foram registradas, os negros representam quase o dobro de brancos. Foram 61,7% mortes entre pessoas negras, sendo 47% pardos e 14,7% pretas, enquanto os brancos compõem 35,6% do total.

De acordo com o novo boletim epidemiológica divulgado pela pasta, foram registrados 43.403 casos com HIV no ano passado. Estima-se que um milhão de pessoas vivam com o vírus no Brasil.

Entre 2007 e junho de 2023, foram notificados 489.594 casos de infecção pelo HIV no país, segundo dados do Ministério da Saúde. A maior incidência é entre homens na faixa etária de 25 a 39 anos.

A estatística é liderada pela região Sudeste, com 203 mil casos, seguida pelo Nordeste (104 mil), Sul (93 mil), Norte (49 mil) e Centro-Oeste (38 mil). A maioria dos casos ocorre entre jovens, especialmente entre meninos negros.

Ministério da Saúde Foto divulga boletim epidemiológico sobre HIV/Aids de 2023. Foto: Julia Prado/MS

O Diretor do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) do ministério, Draurio Barreira, explicou que a questão social também tem grante impacto nas estatísticas de HIV.

“Há uma queda mais acentuada entre os casos em brancos de maior escolaridade. As vulnerabilidades são determinantes da questão do HIV, como de tantas outras doenças”, afirmou durante a apresentação do boletim à imprensa.

Ainda segundo o diretor, o sistema de saúde precisa incluir essas pessoas da forma mais completa possível. “O grande desafio é combater o estigma e a discriminação, fazer com que essas pessoas tenham portas abertas não só no sistema de saúde, mas também na sociedade civil, para ter acesso não só ao tratamento, mas ao diagnóstico e à profilaxia”, disse.

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