58 senadores votaram a favor do ex-advogado de Lula e 18 foram contra sua nomeação
O advogado Cristiano Zanin Martins, 47 anos, foi aprovado nesta quarta-feira (21) como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Indicado pelo presidente Lula, o novo ministro ficará na vaga até 2050, quando completará 75 anos.
Zanin é advogado criminalista formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 1999. Ele desenvolveu sua carreira atuando como especialistas em litígios estratégicos e decisivos, empresariais ou criminais, nacionais e transnacionais.
Como advogado de Lula, ele atuou para conseguir a anulação das condenações do petista em decorrência da Operação Lava Jato.
Enquanto representava o petista, Zanin levou o caso para a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, levando-a a entender que o então ex-presidente foi preso ilegalmente com o objetivo de impedi-lo de disputar as eleições de 2018.
Além de sua atuação na Lava Jato, o advogado é cofundador do Instituto Lawfare que tem como objetivo produzir conteúdo científico e analisar casos que envolvem o fenômeno. Para quem não sabe, Lawfare se refere ao uso indevido e o abuso da lei para fins políticos e militares.
Salário inicial de Zanin como ministro será de R$ 41,6 mil
O ex-advogado de Lula também poderá nomear 36 pessoas para o seu gabinete
Com sua nomeação aprovada pelo Senado Federal, o advogado Cristiano Zanin agora aguarda os trâmites administrativos para que ele possa tomar posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ao sentar na cadeira antes ocupada pelo ex-ministro Ricardo Lewandowski, Zanin receberá um salário inicial de R$ 41.650,92. Esse valor terá aumentos nos próximos anos, passando para R$ 44.008,52 em 2024 e, a partir de fevereiro de 2025, será de R$ 46.366,19.
Os benefícios trabalhistas para os ministros, segundo o site do Senado, são a aposentadoria integral, férias de dois meses por ano, cota de passagens aéreas, auxílio-moradia e carro oficial com motorista.
Além disso, o ex-advogado de Lula terá direito a nomear 36 pessoas para o seu gabinete. Sendo 30 delas de livre escolha e seis, obrigatoriamente, precisam ser servidores concursados do STF.