Justiça : Caçada a quadrilha ligada ao PCC termina com 18 mortos
Enviado por alexandre em 18/05/2023 00:47:32

Operação Canguçu foi montada com 320 policiais de vários estados

Caçada a quadrilha de mega-assaltos ligada ao PCC termina com 18 mortos e cinco presos Foto: Divulgação/PM

Nesta quarta-feira (17), chegou ao fim a Operação Canguçu, montada com 320 policiais do Mato Grosso, Tocantins, Goiás, Pará e Minas Gerais, para caçar criminosos de uma quadrilha ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) que tentou assaltar um caixa-forte da transportadora de valores Brinks em Confresa (MT), no dia 9 de abril, e fugiu para o Tocantins.

A desmobilização das forças policiais começou no início da tarde após os comandantes das tropas considerarem que todos os assaltantes diretamente envolvidos no crime foram mortos ou presos. A Polícia Militar do Tocantins inicia agora a 2ª fase da operação para tentar identificar possíveis apoiadores da quadrilha.

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Em 38 dias de operação, foram 18 suspeitos mortos, dois presos no cerco policial no Tocantins, mais dois em Redenção (PA) e outro em Araguaína, norte do Tocantins, suspeito de ser um dos articuladores da logística do assalto. Entre os criminosos mortos e presos, a maior parte tem origem em São Paulo, segundo relatório de inteligência que o Estadão teve acesso:

– Danilo Ricardo Ferreira, o 1º morto, no dia 10 de abril
– Raul Yuri de Jesus Rodrigues, 2º morto, no dia 12 de abril
– Célio Carlos Monteiro, 5º morto, no dia 19 de abril
– José Cláudio dos Santos Braz, 6º morto, no dia 19 de abril
– Jonathan Camilo de Sousa, 8ª morto, 27 de abril
– Ericson Lopes de Abreu, 12º morto, 1º de maio
– Luis Silva, 13º morto, 1º de maio
– Ronildo Alves dos Santos, 16º morto, dia 8 de maio
– Ricardo Aparecido da Silva, 17º morto, dia 10 de maio.

O núcleo paraense teve quatro suspeitos mortos:

– Rafael Ferreira Lima, o 11º morto, no dia 1º de maio
– Gilvan Moraes da Silva , o 14º morto, no dia 2 de maio
– Robson Moura dos Santos, o 15º morto, no dia 2 de maio
– Janiel Ferreira Araújo, o 18º morto, no dia 13 de maio.

Outros dois suspeitos são de Imperatriz, no Maranhão: Eduardo Batista Campos, o 3º morto no dia 19 de abril; e Julimar Viana de Deus, o 4º morto, no dia 19 de abril.

Os demais mortos são:
– Matheus Fernandes Alves, de Goiás, a 7ª morte, no dia 22 de abril
– Airton Magalhães Marques, da Bahia, a 9ª morte, ocorrida dia 29 de abril
– Luiz Gustavo Pereira dos Santos, a 10ª morte, no dia 1º de maio

OS PRESOS
Paulo Sérgio Alberto de Lima, de Nova Odessa (SP), foi o primeiro preso no cerco do Tocantins. Outro paulista, Isaías Pereira da Silva, foi detido dentro de um ônibus no cerco policial, com destino a Palmas.

Os paraenses Pertusilandio Machado e Felix da Silva Aguiar foram presos em Redenção em um imóvel que servia de suporte ao grupo. O quinto preso é Nelsivan Jovan de Araújo, detido em Araguaína, norte do Tocantins. Ele é apontado como o articulador da logística do grupo.

As forças policiais apreenderam dois fuzis calibre .50 e mais dezesseis AK-47, além de carregadores, munições, coletes e capacetes balísticos, granadas e detonadores e equipamento usado em combate, como coturnos, luvas, joelheiras, cotoveleiras e balaclavas.

O comandante do Bope do Mato Grosso, coronel Frederico Correa Lima Lopes, avaliou a operação como bem sucedida. O militar considera que crimes como esse “geram um pânico na população” e uma resposta imediata é de “suma importância” para contornar o trauma e o prejuízo econômico para a região, afetada pela interferência da perseguição.

*AE

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