Meio Ambiente em Foco : Ciclone Freddy pode bater recorde de mais duradouro, mas já é raro por sua longevidade, distância e impacto
Enviado por alexandre em 17/03/2023 10:29:58

Evento extremo devastou duas vezes o sul da África. Quando Freddy terminar seu ciclo, Organização Meteorológica Mundial (OMM) vai analisar se ele preenche os critérios para ser declarado recordista.

O ciclone Freddy, que devastou duas vezes a mesma região na África, pode se tornar o ciclone tropical mais longo já registrado, segundo informações da Organização Meteorológica Mundial (OMM) da ONU.

 

Tempestade devastadora deixou cerca de 270 mortos;


Ela atravessou todo o sul do Oceano Índico e viajou mais de 8 mil quilômetros;

 

Veja também 

 

Estudo apoiado pelo Governo do Amazonas apresenta estimativas de desmatamento e vulnerabilidade de terras no Médio Solimões

 

Ipaam aplica mais de R$ 76 milhões em multas durante Operação Tamoiotatá II

Evento climático foi declarado oficialmente um ciclone em 6 de fevereiro, quando estava na Austrália;


Recorde anterior é do tufão John, que durou 31 dias em 1994.


Atualmente, ciclone Freddy parece estar se dissipando e o comitê da OMM vai analisar os dados somente após o término do evento.

 

Apesar da longa trajetória e atividade do evento, pode ser que ele não seja declarado o mais longo ciclone tropical por ter "oscilado" ao longo de seu périplo pelo Oceano Índico.

 

"Uma questão que abordaremos é o fato de que, ao longo de sua longa vida útil, a tempestade enfraqueceu periodicamente abaixo do status de tempestade tropical", explica o professor Randall Cerveny, relator de climas e extremos climáticos da OMM. "Nossas avaliações são investigações científicas detalhadas, então elas levam tempo", completou.Sebastien Langlade, chefe de operações da RSMC La Réunion, ressaltou que, recordista ou não, Freddy permanecerá sendo um fenômeno raro em muitos aspectos: longevidade, distância percorrida, intensidade máxima notável, quantidade de energia ciclônica acumulada (ACE) e impacto em terras habitadas.

 

O CAMINHO DO FREDDY 

 

As pessoas observam os danos causados pelo ciclone Freddy em Chilobwe, Blantyre, Malaui, 13 de março de 2023. — Foto: REUTERS/Eldson Chagara.

As pessoas observam os danos causados pelo ciclone Freddy

em Chilobwe, Blantyre, Malaui, 13 de março de 2023.

(Foto: REUTERS/Eldson Chagara)

 

O Freddy se formou no nordeste da Austrália na primeira semana de fevereiro. A tempestade atravessou o sul do Oceano Índico e atingiu Madagascar em 21 de fevereiro, antes de chegar a Moçambique em 24 de fevereiro.

 

Com uma trajetória incomum, Freddy voltou a afetar o território moçambicano durante o último fim de semana e chegou ao Malaui na madrugada de segunda-feira (23).

 


"A energia ciclônica acumulada (índice usado para medir a energia liberada por um ciclone tropical) é equivalente a (toda) uma temporada média de furacões no Atlântico Norte", explicou a OMM.

 

Ciclone tropical Fred visto a nordeste das Ilhas Maurício em 20 de fevereiro de 2023. — Foto: Reprodução/Nasa/International Space Station

Ciclone tropical Fred visto a nordeste das Ilhas Maurício

em 20 de fevereiro de 2023. (Foto: Reprodução/

Nasa/International Space Station)

 

Fonte: G1

LEIA MAIS

Página de impressão amigável Enviar esta história par aum amigo Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notícia